29 de dez. de 2010

me aprisionando

Outro dia eu recebi um email que me fez pensar. Ele dizia sobre como nao devemos guardar nada do que nao usamos, pois essas coisas nos "aprisionam" e nao nos deixam prosperar.

E entao pensei como tudo so faz sentido se voce der sentido para as coisas. E de como algumas coisas so sao verdades porque voce acredita que sao.

E de como eu seria a pessoa mais aprisionada do mundo, porque guardo tudo o que amo com estima.

E pensei que vou ficar aprisionada em um tempo querido de um passado pertinho, pois nao vou me desfazer da minha Barbie chiquerrima que eu ganhei as dez anos e, nunca, nunca brinquei. Alias, foi esse o proposito de ganhar a Barbie: nunca brincar, para nao estragar, sem sofrer, porque eu ja estava pra la de grandinha, e guardar pra sempre aquela coisa linda que so a minha mae seria capaz de escolher.

E sabe aquela camisola amarela que o meu pai escolheu ele mesmo pra mim em uma de sua viagens? So usei agora, em uma ocasiao muito especial, e ja me preparo para guarda-la de novo em um cantinho do meu armario cheio de amor. Primeiro, porque a camisola eh linda; segundo, porque foi meu pai que escolheu; terceiro, porque foi ele que escolheu sozinho. Geralmente pai e mae apenas dao o dinheiro, e a gente vai la e compra do nosso gosto... Pois entao, email, como me desfazer de um presente tao especial assim?

E, descordando de tudo o que li, reafirmei para mim mesma que vou guardar as sacolas plasticas de Las Vegas, a meia que usei quando era crianca, a tinta roxa importada que usei para pintar meu cabelo mas que nao funcionou, a borracha colorida da China que minha irma mais nova me deu sem motivos, o chaveiro de Minas que meu pai trouxe para casa... este ultimo eu vou guardar porque peguei outra copia dele pra poder usar.

E, sim, vou ficar aprisionada. Num tempo bom. Num tempo de infancia. Num tempo feliz. Num tempo que foi ontem e ainda pode ser "hoje" toda vez que eu quiser. Num tempo que so me faz bem.

Lembre-se de mim

Se voce ver um par de sapatos, os dois pra baixo, porque aprendi a superticao que eu nem desconfiava que existia com a minha mae, que segue a mesma desde crianca, lembre-se de mim.

E se for um sabado, com rua deserta, cidade calada, pessoas descancando, adolescentes no salao, e arvores de um verde escuro, lembre-se de mim.

Se a rua for subida, principalmente na descida, lembre-se de mim.

E se eu estiver no meu cantinho, me divertindo a mim mesma, desse jeito que gosto de me auto entreter, lembre-se de que sou eu e, lembre-se de mim.

E se encontrar comida velha na geladeira, esperando por mim, principalmente se fizer mal para a saude e engordar, lembre-se de mim.

Lembre-se de mim quando ler livro favorito e for fazer compras do mes no supermercado. E ficar na fila do correio reclamando. E sair olhando para a janela e imaginando como seria morar naquela casa se a historia saisse da sua mente e resolvesse acontecer.

Lembre-se de mim, que eh pra voce nao esquecer.

27 de dez. de 2010

Uma parte de mim

Uma coisa que notei sobre mim eh que eu tenho preguica de pessoas.

Eu sempre espero ser conquistada, e nunca conquistar. Eu espero a outra pessoa ser legal primeiro, para entao eu gostar. Nesse meio tempo, fico quietinha, espreitando, olhando com "rabo de olho" como quem olha da janela alta de um edificio bonito numa noite fria. Fico na minha. Fico observando. Gosto tanto de observar que ate me esqueco que preciso dar um passo em direcao a pessoa. Ai parece que eu nao estou interessada. Mas, as vezes, nem eh.

E estou falando isso porque vim pensando sobre mim, com meu lado critico. Briguei comigo, um pouquinho, por ter preguica das pessoas. E respondi para mim mesma, com essas respostas que a gente tem dentro da gente, que isso acontece porque estou confortavel com as pessoas que conheco e das quais eu gosto, e as vezes penso que elas me sao suficientes.

Eh que eu sempre pensei tambem que quem eh amigo de todo mundo nao eh amigo de ninguem. Mas eu bem que vou tentar ser simpatica, e dar um sorriso sincero forcado, e abrir a mao, e quem sabe dar um abraco. Mas, me conquista, hein?

26 de dez. de 2010

encontros que parecem visitas

Hoje eu tive um encontro com Deus. Da forma mais inusitada e inesperada:

tive um encontro com Deus numa igreja que se diz a unica verdadeira, quando Deus nem mora la. Deus passa longe, senti enquanto caminhava pela calcada e pedia Deus pra me guardar nos seus bracos.

Tive um encontro com Deus enquanto as pessoas davam testemunhos e choravam ao falar de Jesus. Tive um encontro com Deus quando sabia que tudo isso nada era, ou era, nao sei mais.

Hoje eu tive um encontro com Deus. Naquele momento em que vi o palestrante (qual seria o nome mesmo?) zombava de uma outra igreja protestante, esquecendo-se que sua igreja mesmo eh protestante, e vou parar porque, se continuar, vou prostestar sem ser prostestante. Tive um encontro com Deus quando falavam sobre onde Jesus vai morar quando ele voltar. Jesus sera americano, norte, estadunidense. Jesus eh chique demais. Mas nao eh, ele nao quer ser. Jesus eh "cool" isso sim.

Hoje eu me esbarrei com Deus, assim sem querer, quando eu menos esperava, quando eu nem pensando nele estava. Me encontrei com Deus nos lugares em que ele nao estava, nas pessoas que nao falavam do seu lado verdadeiro.

E descobri, nesse meu encontro com Deus, que nem procurava quando Ele me achou.

17 de dez. de 2010

foi pra que, hein?

Sinceramente eu nao sei porque Deus fez o mundo assim desse jeito. Assim desse jeito quero dizer assim dividido que nem quebra-cabeca que nunca da para montar.

E para que continentes, divisoes, mapas e fronteiras? Quem sabe para a guerra. Mas eu nem vim falar de paz.

Isso eh sim uma duvida: para que pessoas tao diferentes se, no fundo, nao passariam de estranhas? E para que tentar entender o outro se, no fundo, eh tudo uma questao de cultura, e "voce tem que respeitar"?La vem esse papo de antropologo de novo. Vou mudar de assunto.

Mas que legal: um mundo tao pequeno pra quem tem dinheiro e gente de tudo quanto eh jeito. E culturas, racas, costumes e crencas, de tudo quanto eh jeito.

Mas, eu me pergunto: pra que?

15 de dez. de 2010

nao era apenas apelido

Cheiro de massinha nas escadas de saida de incendio, as quais eu nem sei o nome certo, e as quais nao devem ser usadas, mas eu uso sempre, me fazem lembrar de uma infancia bonita que vivi quando crianca.

E me lembram o brinquedo que o irmao da minha mae, meu padrinho que so me dava presente especial e bonito, me deu. E me lembro que era um salao de beleza com bonequinhos cujos cabelos, de massinha, cresciam e poderiam ser cortados. E lembro que o salao, uma casinha, tinha uma saida pelos fundos, muito mais charmosa do que a entrada. E lembro da vassourinha que guardei mesmo quando minha mae achou que o meu brinquedo estava muito velho e jogou fora. Ou deu para os outros, sei la. As duas coisas seriam tipicas dela, ha :)

E, ao descer e subir essas escadas regadas a cheiro de massinha muito especial da infancia, me vem na mente uma casa em que sempre habitei, grande, perto do campo, vazia e com janela grande, alta e fechada. Uma casa que sempre existiu, so porque criei pra mim. Mentira, nem criei. Colocaram a tal casa nos meus sentidos.

E agora vejo que o sentimento que me fez fazer esse post eh de carinho, mas desconfio de que estou querendo fugir de outra coisa. Do sentimento que fazem meus olhos se encherem de agua. Eh que doi.

Marcia.

14 de dez. de 2010

de uma menina

Um dia a gente cresce, e ve, atraves de um copo de vidro, coisa que nunca viu. Mas que sempre estavam ali. E passa ver a limpeza de uma casa como uma coisa de verdade. E ate assume responsabilidades para si - nao as que a vida deu para gente, mas as responsabilidades que resolvemos tomar para gente. E pensa que um jardim precisa ser podado. E entao resolve nao ter jardim.

Um dia a gente cresce e a infancia passa a ser lembranca. Guardada com carinho em caixa especial que a mae e a avo fez para gente. Um dia a gente cresce, e ai nem ha mais tempo para tomar milk-shake. E vai ver aquela lenda de que "quando a gente cresce tudo engorda" eh verdade. E ai a gente passa a se cuidar, ainda mais. Como se estivesse a brincar de casinha.

Um dia a gente cresce, e resolve tomar as proprias decisoes. E olha para o pai e para a mae orgulhosos, como quem mostra a travessura que fez. Mas foi aplaudido.

Um dia a gente cresce, e tanta coisa passa a nao valer mais. Como o ticket do cinema que voce pagava so a metade. E a meia de estimacao que nao serve mais, mas voce guardou. Tem coisa que a gente guarda. Comigo tem que ser assim.

E tambem ha os sentimentos. Um dia a gente cresce e nem eles valem mais. E aquela saudade doida nem lembranca passa a ser, e aquele amor platonico fica escrito em uma folha de caderno.

Um dia a gente cresce, e os caminhos, longos, ficam curtos. E os que eram curtos, podem, de repente, se transformar em longos. Mas aqui estou falando de uma verdade filosofica que eu nao sei dizer o nome, e que voce nao entenderia.

Um dia a gente cresce, quando viu que ja cresceu.

as coisas como elas sao

E quem sabe hoje, agora, a noite, eu so queria ter entendido o que eu entendi e, no fim, vi que nem era desse jeito.

Vai saber de que jeito eh. Acho ate que nao existe mais verdade universal, e me juntarei aos antropologistas. Sim, vou estudar antropologia que eh uma coisa interessante mas eh tambem uma das coisas mais chatas do mundo.

E vou virar o que eu nao queria ser, so para entender, com olhar de cientista. Cientista critico, sendo que o segundo eu ja sou. E vou poder olhar com um olhar frio, como de quem apenas olha, sem sentir. E nao vou envolver meus sentimentos, vou apenas colocar a mao.

E vou pensar que deveriamos saber tudo o que existe na vida na forma como as coisas sao. Apenas.

Nao vale o que voce diz. Nao vale o que eu digo. Vai ver nao vale nem o que ela diz. Vai ver todo mundo diz muita coisa sem dizer nada. Assim como podemos falar pouco e dizer muito. Vai ver... vai ver um dia a gente entende. E aprende a ser o que deveria ser.

Assim foi.

13 de dez. de 2010

criada de novo novamente

Eu tenho e' que parar com esse meu jeito. Quem sabe ate eu nao tenha que parar de ser eu mesma.

Mas ainda tenho medo de me perder e nao me encontrar por ai. Ainda, temo nao me reconhecer.

E dai eu teria que comecar la do comeco, como no primeiro dia em que vim na vida. No primeiro, acho que nao. Mas la para o 38947927582, quando eu ja me dava conta de mim. E eu teria, novamente e tudo de novo, que me reconhecer, me aprender e ate por mim me apaixonaria. Quem sabe dessa vez ate nao seria mais facil, deixando todos os meus defeitos - defeitos nao, porque fui feita com capricho por duas das pessoas mais importante do mundo inteiro e do ceu inteiro: meus pais, escolhidos a dedo, do meu jeito, por Deus, para mim - de lado.

Mas gostaria de comecar do comeco. Onde ainda nao ha passos na neve. Onde ainda o vento e' forte e frio. E eu me encolho, como que a me abracar, na desculpa de me aquecer, e me recrio com uma pincelada azul.

12 de dez. de 2010

nem sei se foi assim

E hoje seria ontem com um amanha ainda para eu fazer.

E eu contaria o tempo por tecnologias e pararia o tempo em um mp4. E a cor seria azul, escuro, de um mundo meu que e' so meu. E que voce poderia visitar.

E eu te trataria direitinho, porque visita a gente trata bem. E poderia fingir que estou dormindo no sofa, com chinelo largado pelo chao, so para parecer menos real.

E todos os livros na estante, falaria que sao meus. Parecem. Decoraria a janela com adesivos pessoais. E o vaso de flor, que eu nunca comprei, seria regado. E eu so o teria porque as pessoas finas e entendidas falam que faz bem. Vai ver e' chique.

E eu fecharia a janela, so para ficar mais escuro e dar sinal de fantasma. E chamaria os bombeiros, quando eu pensaria que eles pensariam que estou fora de mim. E, ao deixa-los ir, iria rir como quem fez de proposito e sabia, sim, que chamou quem nao deveria chamar. Apenas porque escolheu assim.

E a borracha, que uma vez na infancia foi cor de rosa mas de repente ficou brega, eu usaria como ferramenta mais preciosa e intima, sabendo que tudo o que nao tem valor precioso pode e deve ser apagado.

E apagaria esse post, sabendo que na era da tecnologia a gente fala deletar, que e' uma palavra, por sinal, que nem existe no nosso idioma. E me perguntaria que idioma e' esse que estou a falar, agora que falo, sem nada dizer. Faz sentido?

qualidade latina

E hoje, apos conversar um bilhao de anos em uma tarde inteira que se resumiu a um almoco e, mais tarde, a uma outra conversa e olhada em um site, percebi, com meu coracao (porque, ai sim, percebo de verdade) que algumas pessoas sao mais sensiveis, educadas, amaveis, atenciosas e especiais que as outras.

E olhei para a pessoa querida que essa pessoa que posso chamar de amigo eh e pensei que os latinos, pobrezinhos, tem uma coisa boa: o coracao.

E isso inclui os pobres latinos americanos, um ou outro frances, e os espanhois. Vai ver a lista inclui ate romenos, sabendo que os portugueses ficariam de fora se nao fosse pelo meu querido pai que achou o pais bonito, e ajudou a economia nos trazendo muitos presentes lindos.

Bem, eh isso. Nao vou falar muito para nao entrar em detalhes, e para nao falar mal de outras nacionalidades, o que sou expert em fazer. Tenho os argumentos que provam.

Mas hoje, nem foram argumentos. Como disse, foi mesmo o coracao. Que amigo querido, que pessoa bonita, e que sentimento ele tem guardado dentro do peito (que eu sei!)!

11 de dez. de 2010

para Deus

E entao me dei conta de que Deus deve estar me assistindo, de poltrona, e comendo pipoca em um cinema que Ele inventou so pra ele. Dando risadas, pensando tambem. E' que Deus sempre pensa. Na gente.

E ate me lembrei que esqueci de agradecer. Com palavras. Porque com sorrisos sinceros, e felizes, eu sempre agradeco.

Deus sabe. Deus guarda. Deus lembra. Deus ama tanto que ate puxa saco. Mais de uns que de outros. Mas quem foi que disse que e' preciso ser justo quando se ama e eh Deus, tao Deus, e ate Deus de si mesmo, que eh isso o que voce eh, ne Deus? ;)

9 de dez. de 2010

Lembrancas ridiculas

E agora, de repente nesse minuto, me lembrei de tanta coisa.

E' engracado como todas as coisas do mundo no nosso mundo vivem dentro da mente da gente. E, num instante, resolvem aparecer.

E me lembrei de como e' morar no Wyoming. E de como era frio e eu parecia uma estudante colegial. Ate porque eu era uma, e penso ate que foi ontem. E me lembrei de como fui acampar na beira de um rio tao lindo, tao lindo e imenso, que mais parecia o mar. E isso me fez lembrar de como eu fiquei "excited" (qual seria a traducao em portugues, se eu esqueci?) e tive que ligar para o meu pai para falar da vista linda que eu estava vendo.

E isso tudo apenas porque o professor perguntou quem havia visto "The Brokeback Mountain" e eu disse, timida, que havia visto. Timida, porque eu me lembro que meu pai torceu o nariz e zombou de mim quando eu pedi para ele assistir esse filme. E disse que nao assiste filme de gay. Ha! Tao fofo que ate vejo que o pai e' mesmo meu. E sobre o filme... e eu me lembrei que ele acontece no Wyoming, e no lugar em que eu acampei. E ate pensei que sou uma pessoa muito importante. Importante no sentido de ter vivido um pouco de sorvete coberto de vida.

8 de dez. de 2010

Eu me acharia

Buscando num espaco de tempo, e num tempo que eu nao conto, eu me acharia. E olharia embaixo das almofadas azuis. E dentro do armario em formato de coracao, brega toda vida, que eu vi na casa de alguem durante a infancia de ontem.

Eu me acharia. Toda vez que eu me perdesse. Ate porque, so me acho quando me perco. Vai dizer que nao eh assim? Pois tem gente que nao se perde, e por isso nunca se encontrou.

Eu me acharia. Dentro de um vaso de flor. Que eu ganhei de presente. E nem gostei, mesmo sendo muito caras, como disse minha mae. Mas eu mesmo sou uma florzinha, acrescentaria ela, em sua mente, sem me dizer por que. Porque para ela nao precisa haver razao.

Eu me acharia. Naquele album de fotos que fizeram para mim sobre mim. Eu me acharia, quando fugisse. Quando passasse naquela rua que sempre resolvo passar. Sem saber porque, sabendo que ha um motivo mistico que me sera revelado.

Eu me acharia. E no fim, esconderia de novo. So para, mais uma vez, me perder. E nao me achar...

7 de dez. de 2010

me reinventaria

Eu me reinventaria. Como que a brincar de Deus. De casinha. De mundo.

Eu me reinventaria. Tirando o que nao eh necessario e mechendo um pouquinho aqui e ali, quem sabe.

Eu me reinventaria. Abriria mao de um avental. Para me sujar enquanto me auto-re-crio. Recreio, ate chamo. E com um pincel, de cor azul. E vou olhar para voce, enquanto registra, e vou me borrar, de proposito. Eh a desculpa para o meu defeito.

E eu me reinventaria. E tiraria de mim essa mania que nem acho que eh mania, embora acredite que sim. So para te fazer mais feliz, sabendo que tambem faria a mim.

Eu me reinventaria. Lamentando. Pois temo perder aquele pouquinho de mim, de pimenta, que Deus fez como pitadinha, e errou na mao.

6 de dez. de 2010

ha sentido

Se eu nao fosse assim tao eu, ate me permitiria dividir com meu pai e com minha mae. Porque sou deles, e deles sou eu.

E dividiria misterios que guardo so pra mim, sem nem saber quais sao, ou sabendo sem entender. E faria um pouco de magica, com um quebra cabeca dificil que ganhei na adolecencia e nunca montei porque nao gosto de simplicidade.

E, ao me pegarem no colo, brigariam por qual parte de mim cada um deles teria. Sim, meu pai e minha mae. E sei que meu pai abriria mao da minha maior metade, porque pai eh assim, acha que o filho eh mais da mae. E acha ate, o meu ne, que os filhos podem e devem gostar mais da mae. Eu, hein, pai. Gosto igual. Eh um montao tao montao que perdi as contas sem nem nunca ter conseguido mensurar, mas achei de novo so para ter certeza, para voces, que eh imenso. O sentimento.

E agora vejo: mais um post nada a ver.

Mas um dia eu me entendo.

4 de dez. de 2010

uma pessoa

"Que fazer quando sinto totalmente o que as outras pessoas sao e sentem?"

E esse post ate seria para alguem em quem ando pensando muito. Mas desviei o percurso e, porque a pessoa insiste, agora mesmo, muito mesmo em me ligar, falarei, escrevendo, sobre ela.

E entao penso ate que esse post deveria ser para mim, para o meu coracao para quem nao ligo muito com esse meu tal colesterol alto. O tal coracao que me passa por mensagens secretas todos os sentimentos que eu devo sentir no mundo.

Eh interessante esse negocio de o meu coracao escolher o que eu devo sentir. Eh assim: eh olhar para pessoa e esperar o meu coracao me dizer coisas sobre ela. E susurrar, rindo, ate segredo que eu nem deveria saber, porque nao sao meus. Mas, prometo, guardo todos dentro de mim e nao conto pra ninguem, porque nao sao da minha conta e ja acho que "trapaceio" muito ao descobrir os segredos das pessoas so de olhar para elas. E sinto muito, de verdade. Eu nem queria, as vezes.

E me lembro agora que comecei falando que falaria sobre alguem, mas vejo, agora tambem, tudo assim no mesmo momento, que isto tem pouca importancia. A pessoa, quero dizer. Porque ela apenas foi usada, como boneco (e poderia ate ser um boneco de neve, por dois motivos que sao a cor e a "estrutura fisica" - eh que estou querendo nao ser rude) por Deus ou por sei la quem, acho ate que anjos, em quem nao acredito porque nao tive tempo e nao fui apresentada, ou aquela energia que eu nao sei e nao quero saber o nome, para me alertar. Alertar digo no sentido de me lembrar que sinto totalmente o que as outras pessoas sao e sentem. E nem quero atender o telefone dessa pessoa que ja me ligou 4 vezes nos ultimos 34 segundos. Que fazer.

29 de nov. de 2010

veio comigo

Hoje eu voltei para a barriga da minha mae, naquela epoca em que Deus ainda iria me criar. Pequena, mas consciente, porque minha mente ja existia e ja havia vivido muitos 24 anos, pedi a Ele que me criasse com um pouquinho mais de distracao. E esquecesse de colocar em mim toda aquela sensibilidade, sexto sentido, mente inquieta e intuicao que me sao tipicos. Mas Deus ja estava me colocando no forno pra assar, e em poucos minutos eu ja estaria prontinha.

E hoje estou assim. Atenta aos detalhes, as palavras nao ditas, aos tipos de sorrisos, aos olhares, ao modo como as palavras sao ditas, as coisas que nao vejo mas sei, ao que leio por ai e guardo pra mim.

E as folhas, ao sol fraquinho, ao ceu azul, a poeira, e aquela casa de madeira que existe em minha memoria, mas o lugar real, bem, eu ja nao lembro mais. E isso tem pouca importancia.

Ah, como eu queria que Deus me desse a mao e me dissesse tudo o que eu tenho que fazer quando vejo as coisas e sei o que eu nem queria saber, e que as vezes nem e da minha conta. Mas faco ser, sabe?

E como eu queria que voce soubesse. Que eu sei.

Voce.

23 de nov. de 2010

um casaco de neve

Estava pensando aqui que acho lindissimo que minha irma me emprestou o casado de neve dela importado, chique, fino, noruegues e, segundo ela, "bastante caro".

Isso tudo porque eu me recusei a emprestar a ela o meu casado americano, branco e da Old Navy, porque ia "sujar".

Minha irma eh tao linda, nao eh mesmo? Por fora e por dentro. E fico pensando se ela precisou algum dia vestir esse casaco pra esquentar o coracao precioso, e que eh so dela, que ela tem.

Eu bem que falo que Deus faz cada um com capricho - uns mais caprichados que os outros, vamos combinar. Olha so quanto amor, tempo e dedicacao ele poupou de usar comigo pra usar com minha irma.

Bonita, nao eh, essa historia?

21 de nov. de 2010

num instante

Eu acho que eu gosto de azul mas, num instante, eu nao sei quem sou. Eu estudei algo que gostava mas, ao falar disso, num instante me perco de mim e ja nao sei quem sou. E se voce me pergunta, assim sem mais nem menos, se gosto do dia ou da noite, me pega desprevenida e eu, nesse instante, ja nem sei que sou.

E mudo os meus conceitos, e esqueco minhas opinioes. E troco de roupa e lavo o cabelo, e me recomponho que eh pra eu achar quem sou. E ando descalca, porque num instante ja nao sei quem sou (eh que se eu soubesse, descalca eu jamais andaria), e caminho sem rumo, sabendo apenas que seguiria o caminho que eh bonito. E, quem sabe num momento desses eu nao te vejo, e te olho, e me encontro. Num instante em que ja nao sei quem sou...

18 de nov. de 2010

o mundo

As vezes o mundo eh tao complicado que o acho muito simples: o mundo nem eh isso aqui. Pronto.

E me sinto como em "o mundo de sofia", sendo olhada, instruida, mandada. Como se todos nos, pessoas desse mundo, fosse fantoches. Na mao de quem, eu sei la. Quem sabe de Deus.

Mas ai eu recupero a minha consciencia e vejo que pensar assim eh ir longe demais para essa minha mente que pouco se expandiu. E volto a olhar o mundo, esse que a gente vive, como grande, poderoso, cercado de misterios. Ele tem tanto poder sobre a gente, a gente que nao eh nada. E ai nem o acho mais "mundinho de brinquedo" - nao porque ele nao seja, porque ele eh e sim - mas porque ainda eh hora de brincar e nao estamos prontos para entender algo muito maior do que a gente.

Ainda nao.

16 de nov. de 2010

olho e vejo?

E hoje, ontem e amanha eu so teria me perguntado se eh ou nao eh implicancia minha. Essa minha mania de perceber. Vai que ela me passa pra tras. Mas acho que nao. E, se sim, so um pouquinho. O coracao da gente nao erra. E sentimentos, intuicao, sentidos e essas coisas todas que a gente poe nome mas nem sabe como chama, sera que eh segredo nosso com Deus?

12 de nov. de 2010

um dia daqueles, ou daqueles dias?

Hoje e um daqueles dias. Que eu ouco demais, falo demais por dentro, e penso demais. Eu nem queria pensar tanto. E se fosse, pelo menos, pensar no sentido intelectual da palavra, mas e pensar por pensar, por falta do que fazer, por ocupacao que criei pra mim, por obedecer a mim mesma quando tudo o que eu queria era correr pra longe de dentro de mim. Seria possivel?

E estive pensando, que se cada pingo de chuva que caisse representassem os meus pensamentos.. eu nem chamaria-os de pingo de chuva. Seriam mais salgadinhos...

Hoje estou tao pensativa que ate pensei que a unica pessoa que entenderia meus pensamentos so de olhar nos meus olhos seria a Sylvia Plath. E ate me chamo de Esther Greenwood, para me encontrar, sabendo que irei me perder. Sera?

E veio a saudade do meu pai. Queria correr para o colo dele e me esconder com a desculpa de "filha".

5 de nov. de 2010

pensamentos sem palavras

Estive pensando em entender o mundo, em entender como funciona aquela coisinha pequenininha ali sem importancia, em entender voce.

Mas ai eu me lembrei de mim. E fiquei tao confusa que pensei que deveria pensar em me entender.

Mas eu vou deixar pra mais tarde.

Estive pensando... e nao vou falar. Certas coisas sao apenas pra "pensar".

22 de out. de 2010

um tal de orgulho

Eh que estive pensando em historia e na historia - historia do mundo e historia da vida.

E pensei em que me orgulhar. E pensei em praia, por-do-sol, matas, rios, oncas, macacos, morros, verdes, parques, calor....

E pensei em que me orgulhar.

E continuei pensando...

...

21 de out. de 2010

numa caixinha

Adoro esses presentes que ficam guardados escondidinhos em caixinhas e so na hora de acontecer - so na hora em que esta acontecendo - eh que a gente repara, tipo agora de-noite-de-madrugada.

Adoro.

E ai o ceu ficou azul escuro - mas azul escuro lembra tristeza ne? Mas pra mim nao. Azul escuro eh a cor mais bonita que existe - e cheio de estrelas ao fundo brilhando, prateadas. Elas decoravam o papel de fundo da caixinha. Foi Deus quem me deu, com suas proprias maos porque quando olhei pra elas, reconheci.

E nem conto o que veio dentro da caixinha porque se nao me entrego, e o meu charme eh nao mostrar.

Mas, oh: olha a pista ali em cima. Agora eh saber achar.

20 de out. de 2010

prima em grau

...

Eh que eu acho prima uma coisa tao bonita que fiquei olhando para as fotos das minhas e pensando em tantas coisas que existem por tras das fotos: as historias, a conversa sobre assuntos serios, a danca no aniversario, o comentario sobre o cabelo, a infancia dividia, a mania de andar de carro, os namoros/rolos, os medos, as alegrias, as tristezas, os segredos que sao divididos e ainda assim sao segredos no mundo da gente.

E depois eu fui dormir.

19 de out. de 2010

pelos nomes que fui

Estava eu conversando com meu tio e chamando minha mae-india-canadense como tal quando ele, de repente, resolve partir pra sacanagem e me chama desses nomes ai, o:

india colombiana, india hondurenha, india mexicana e, o pior, india paraguaya


Fiquei emburrada, fiz bico, agradeci sem sem estar agradecida e falei que nunca mais cobversaria com ele. Eu hein, precisa me xingar, assim a toa, assim, como nomes que nao tem nada a ver com nossa identidade familiar?


Ha! =)

17 de out. de 2010

Um post so pra ela

Mae. Eu acho essa palavra tao bonita e meiga que ate acredito que todas as maes do mundo sao boas, sabendo que nem todas as maes do mundo sao boas e que a minha mae eh melhor que todas.

Minha mae eh tao linda que so me chama de Marcia quando esta brava. No resto eh "filhinha", "Marcinha" e "anjinho". Mas nao se engane, ela tambem fica brava. E fala palavrao que eu ate morro de rir. Eh que ela eh humana, sabe? Uma mae pra sair todo sabado de manha, enquanto a gente estava dormindo, e voltar na hora do almoco sempre com um presente para cada uma das filhas so podia ser minha. Uma mae pra me levar de carro pra escola (e ate me lembro de outra historia bonita: eh que minha mae um dia me contou que uma coisa que ela nunca iria fazer era deixar as filhas estudarem em escola estadual - quanto amor!!!) que fica a 3 quadras da minha casa tambem so podia ser minha. Uma mae que levanta todo dia cedo e vai na padaria comprar bolo formigueiro e toddynho na caixinha, sim, so podia ser minha. E tras essas guloseimas todas mas nao deixa, jamais, a filha ficar gordinha. Eh que toda vez que eu passo ela teima em dizer: "Marcia olha a barriga! Marcia, murcha a barriga!!!!!".

E depois desse tanto de demonstracao de amor, ate me lembrei de outra demonstracao de amor, que na verdade me lembra outra, ainda: eh que minha mae sempre puxou saco do meu cabelo ondulado. Segundo ela, meu cabelo eh o mais bonito do mundo, ate mais que o das pessoas do mundo inteiro hein, e ela faria tudo pra ter um igual o meu. Seria inveja, ne, mas porque vem da minha mae, eh amor. E ainda ficou tao triste, mas tao triste no dia em que finalmente me deixou fazer luzes no cabelo que depois do resultado ficou apaixonada e marcou horario no salao. Pra fazer igual. Eh que a gente eh gemea, embora eu ache que minha irma do meio eh minha mae em miniatura. Ate nas maozinhas. Mas eu sou minha mae primeiro, e meu pai. Porque eu sou a mais velha, e a filha mais velha nao parece com ninguem porque ela parece com todo mundo. Pra nao gerar ciume. Metade o pai, metade a mae.

E a mae melhor do mundo, que eh minha, tem um cabelo preto tao liso que ate apelido especial ganhou: cabelo de boi lambido - o que eu nao entendo muito, pois pra mim tinha que ser "cabelo que o boi lambeu". E, por isso, ela parece uma japonesa, e ate vestia-se assim, quando pequenininha, num quimono japones que minha avo mandou fazer so pra ela. Mas ela cresceu e virou inglesa quando tinha uns vinte e poucos anos. E hoje ela eh india - mas eh india canadense, embora eu gostaria muito que fosse uma india estadunidense. Mas fazer o que, eh o destino.

E minha mae, a melhor do mundo, que eu achava que era so minha, eh mae tambem de primo meu, de irmao dela, de filha da vizinha, de amiga minha e do mundo inteiro. Porque minha mae sim tem um coracao de ouro - tao de ouro que desconfio - e muito - que Deus escolheu morar nele.

P.S.: isso tudo eh pra desejar feliz aniversario pra minha mae linda que nunca envelhece mas fica sempre um bebe. E pra lembrar - o que provavelmente voce ja desconfiava desde que me viu - que minha mae eh a melhor do mundo. E eh minha. Mais uma vez: mais um presente especial de Deus. Valeu, camarada! ;)

12 de out. de 2010

Detalhes

Eu presto atencao no detalhes, certo?

Entao presta atencao nesse detalhe aqui: "aquele" detalhe nao faz a minima diferenca.

Pronto, falei.

tentativa falha de disfarce

Eh que hoje, agora, eu nem queria escrever Eh que eu as vezes tenho uma preguica. E nao estou na lua. E nem inspirada. Mas esse post, meu, eh so pra mim:

"Eh assim entao o teu segredo. Teu segredo eh tao parecido contigo que nada me revela do que ja sei. E sei tao pouco como se o teu enigma fosse eu".

Eh que hoje eu nao posso falar muito porque quem fala muito nem sou eu. Entendeu?

Mas estou falando, sem falar hein, para duas pessoas especiais. Com "especiais" quero dizer "especificas", viu!

10 de out. de 2010

ficou o cheiro

Coisas que sempre terao um cheirinho bom e me lembrarao o passado presente:

cheiro de terra molhada - muro de pedrinha - bater campainha e sair correndo - bambole que pra mim era dificil - vizinhos - risadas - todas as brincadeiras de crianca que as criancas com infancia brincam - amarelinha com casca de banana que eu tinha nojo - almoco - conversas - briguinhas de primas - horario pra voltar - tudo muito longe - e muito grande - janela da casa dos outros - entardecer - fim de semana - ritual de ferias - carona - pegar o telefone e passar trote - criar novas coisas magicas - misterio.

8 de out. de 2010

a ligacao para o pai da gente

Eh que hoje eu tive que ligar para o meu pai pra ele me consolar. E me adular.

Eh que eu gosto do jeito que meu pai me fala. Meu pai sempre fala de um jeito que parece forte. E pra fazer a gente forte. Mas eu ja sou. Mas as vezes eu fico fraquinha (manhosa) e ele fala bonito mas no fundo me da uma aduladinha porque eu sou filha menina, filha mais velha, e ele eh pai sabio.

E eu sinto tao confortada quando meu pai fala que eu ate queria ouvir tudo o que ele tem pra me ensinar guardadinho dentro do grande homem que ele eh - eh inclusive, me desculpe a sinceridade, a pessoa mais sabia e, ainda, a mais inteligente do mundo - e guardar pra sempre num caderno que vou manter dentro do meu coracao, que eh o lugar mais caloroso que eu tenho pra pessoas especiais como ele.

Mas eu nem sou fraca nao. Eh que as vezes eu fico manhosa quando derramo coisas em outras coisas. Ai eu choro, porque so quando eu nao preciso chorar eh que eu choro, e ligo pra ele so pra lembrar que eu sou filha e ele eh pai. Acho isso tao bonito que nem queria que a vida passasse. Queria, sim, que a vida parasse. Assim.

4 de out. de 2010

falando com quem nao fala

Eu falo com objetos inanimados. Alias, nem falo. Sao eles que falam comigo. Eu so escuto e obedeco.



Outro dia mesmo, eu 'percebi' uma "coisa" numa loja mas fiquei na duvida. E desde entao eu pensei muito na "coisa". E voltei em outra loja, da mesma marca, e esbarrei com a "coisa" de novo. Ate penso agora que na verdade essa coisinha saiu de onde estava, assim, bem escondidinho, e veio ate mim. Comprei.



Hoje, outro exemplo, vi de novo uma outra coisinha que vi ha alguns dias. E nessas horas ate acredito em amor a primeira vista, mas um amor que voce so reconhece na segunda vista. Mas que aconteceu no coracao de primeira - voce so nao percebeu. E entao, juro que escutei baixinho: "ei, Marcinha, me leva?". Comprei.

;)

Brain storm de um stream of consciousness

Ela - e um olho de uma cor "claro-tao-lindo" - caminhada - sorrisos - um dia na vida - ou seria uma noite na vida? - e uma bebida - olho - cabelo bonito - oi - caminhada - oi de novo - e de novo - cafe da manha - linda - leitura de um livro num cafe da manha desses ai - academia - ele, claro - eh gorda ou nao eh? Nem eh - corredor - pois eh - entao... - ja sabia - hi - numero do quarto eh? - charme - amizade escondidinha que ja existia la naquele lugar antes da gente nascer e que fica guardado na mente da gente e a gente sente, sabe? - porta - o jeito de andar - o frio - eh outra coisa - estou falando que aquela coisa que citei mais em cima eh outra coisa - entende? - esfinge - entao - carinho - eu ja sabia - amiga - papos - risadas - silencio - olhar - panela lembra alguma coisa? - tesouro - eh, escondido - pois entao - pois entao de novo - mas entao! - gostei dela - eh assim - desde o primeiro momento em que vi - eh que eu ja sabia. EU SINTO AS COISAS TODAS DO MUNDO DENTRO DE MIM, e sei. Eh so esperar: "esperar eh pagar pra ver", mas eu nao pago, porque chuto, adivinho e, no fim, eu digo mesmo que eu sei. Pagar pra ver se eu ja sabia?

30 de set. de 2010

Bruxinha

Descobri que sou uma bruxinha. Descobri, nao. Lembrei.

Parenteses: E lembrei tambem de uma das minhas musicas preferidas de quando eu era crianca: "oh bruxinha, bonitinha, da vassoura de capim, me carrega para o espaco, abre os bracos so pra mim" (A Turma do Balao Magico)

Isso, porque hoje, de repente - sim, eh tudo de repente em mim - me lembrei de me dizer o que aconteceria algumas horas mais tarde, em detalhes bonitinhos e com rendinhas. Ate tentei me contradizer, mas nao adiantou. Meu "outro eu" ficou repetindo para mim o que eu deveria ouvir - e acreditar - o tempo inteiro.


Ate fui almocar e dividi "minha previsao do futuro" com os meninos que estavam almocando comigo, so para serem testemunha e defenderem o meu lado mistico para o meu lado racional mais tarde.


Ainda bem que acredito em mim quando falo pra mim mesma. Funciona, acontece e, sim, sou uma bruxinha e disputo poderes magicos com Deus. Boo! Cuidado. Ha.

29 de set. de 2010

exemplo

Por exemplo:

nao me pegue como exemplo pra falar que venho do Brasil porque abaixo a cabeca com vergonha e perco os sentidos e so me recupero depois, quando olho pro espelho que me mostra do avesso (por dentro de mim) e me diz quem eu realmente sou.

Grata.

26 de set. de 2010

grata por irmas

Minhas irmas sao tao fofas e tao inteligentes que ate duvido - e muito - que exista outras irmas assim. Mas existem. So nao sao minhas. Ha.

Mas entao. Minhas irmas sao minhas so porque sao minhas. Eh que eu nasci primeiro e, a partir de mim, Deus criou minhas irmas. So pra me alegrar, entende?

E hoje, num ato de cumplicidade, eu e minha irma do meio demos muitas risadas. Eh sempre assim quando estamos falando sobre um mesmo "assunto". Um assunto, alias, que a gente nao gosta e nao vai com a cara, mas no fundo a gente adoooooooooooora. HA HA HA.

E tive a impressao que elas cresceram antes de crescer. Eh que nos olhos do irmao mais velho irmaos mais novos sao sempre novos. Mas minhas irmas apresentam uma maturidade e um senso critico tao admiravel, que fico pensando: onde foi que eu esqueci de ve-las crescer?

Como eh bom ter irmas. E, Deus, como eh bom poder ter as minhas.

uma das verdades eh que...

Estive pensando em uma das verdades da vida.

Pois eh, 'verdades da vida' sao assim: nao se importam com o que voce acha ou acredita, elas simplesmente sao.

Mas entao. Estive pensando se numa dessas 'verdades da vida' nao existiria uma verdade.

E ai me veio uma inspiracao dentro do meu coracao vermelho brilhante em que guardo so - e apenas - as pessoas especiais, e tive certeza que foi mensagem de Deus mandada por correio:

a verdade eh que a verdade existe. Mas o que eh a verdade, se nao aquilo que voce acredita ser a verdade? Entao, se pra voce 2+2=5, isso pra voce eh verdade. E eh isso o que importa - pra voce, ne? =)

sobre os meus olhos

Ontem a noite, quando eu estava sentada em um banco bonito por ai, um cara aparece e senta ao meu lado. Entao, de repente, ele olha nos meus olhos e diz: "girl, your eyes really say a lot!!!".

E entao eu lembrei de dizer para mim mesma que meus olhos tambem veem o que os outros olhos nao dizem. Vejo por dentro das pessoas e vejo, principalmente e sempre, aquilo que elas geralmente nao querem que ninguem veja.

Foi mal ai.

...

E essa entao vai para o meu olho castanho super sem graca: um beijo pra voce! Ta, eu nao te queria - eu queria o olho pretissimo da minha mae ou o olho clarissimo do meu pai. Ai voce veio no meio termo. E 'meio termo' eh uma coisa chata ne? E ate me lembra de 'morno', gente morna da tanta preguica. Ah, mas eu ja estou falando demais - e claramente. E nem gosto. Gosto eh de falar demais sem falar muito. Mas entao, um beijo pra voce, ja que voce tambem sou eu, meu olho castanho com poderes sobrenaturais escolhidos por Deus a dedo.

Era uma vez

Era uma vez uma menina com sua saia de filme antigo, uns amigos, andadas pelas calcadas, encontro com set de filmagem, noite, nada de blusa de frio, drink azul, conversas que o vento forte que fazia nao levou, recordacoes, coisas em comum e um sapato perdido na frente de todos os caras que estavam sentados numa mesa de um bar com um toque noruegues em uma avenida americana. Dai ouviram-se gritos, assobios, palavras soltas, "propostas" (hum..) e tudo mais.

Desde entao o nome dela eh 'Cinderela".

17 de set. de 2010

como um dia de chuva

Eh que tem epocas da vida que a gente fica tao pensativa, nao eh mesmo? Eu, por exemplo, sou pensativa o tempo inteiro. E nem te conto o que eu penso, embora eu fale, hein. Mas essa semana eu estive pensativa sobre a vida, sobre todas essas questoes filosoficas que todos os pensadores do mundo ja criaram e ja tentaram responder, mas que pra mim surgiram de mim mesma, porque sou eu que penso por mim e nao eles. Mas bem. Voltando ao assunto, estive pensando, e lugar bonito e poetico da mais inspiracao ainda pra pensar. E nem pode. Porque outro dia, por exemplo, eu tive o meu apice de pensamento filosofico profundo sobre questoes importante e eu pensei tanto e pensei tanto que o pensamento nao coube em mim, transbordou e eu comecei a chorar. No meio da aula, mas sem ninguem ver. Eh que juntou um dia que eu gosto, um horario que eu gosto, um livro que eu nao entendi nada porque ele fala sem falar (e fica ainda mais bonito), uma escritora que o teste do facebook disse que eu sou e uma frase que a professora falou. Sim, apenas uma frase. E ainda por cima, chovia.

Eu achei tao bonito essa coisa de falar bonito e levantar questoes que a gente conversa, discute, opina, pensa, reflete e no fundo nao sabe responder. Ai eu chorei.

E o que a professora falou foi que a unica certeza eh que um dia a gente morre. A gente nao tem certeza de mais nada. E eu pensei na hora: eh mesmo, hein professora, eu por exemplo nem sei o que quero ser quando eu crescer. Ainda mais porque eu ja cresci e esqueci de escolher. Mas, morrer? E na hora me veio uma das minhas, a Clarice Lispector que nasceu na Europa mas o povo acha que eh brasileira e brasileira ela nao seria jamais, e sua frase pulou no vidro da janela que tinha ao fundo o dia nublado e cinzento de chuva: `meu deus, so agora me lembrei que a gente morre. Mas - mas eu tambem?`.

E ai Clarice soprou ao meu ouvido: `nao esquecer que por enquanto eh tempo de morangos`. E sorriu pra mim.

E eu enxuguei as lagrimas que ninguem havia visto, dei um suspiro gostoso e fui viver a vida que eu ganhei de presente pintada da cor que eu quero pra viver.

13 de set. de 2010

minha avo

Fico pensando que vo eh uma coisa tao bonitinha que tinha que vir embrulhada em papel com estampa de florzinhas pequenas e com a borda sujo de chocolate (mas ai eu me lembro que quando eu nasci minha vo ja existia e entao quem veio embrulhada pra ela foi eu. Mas vim suja de sorvete. E ela nem limpou e eh por isso que hoje eu sou assim. Eu sou assim viciada em sorvete, eu quero dizer).

E vo eh uma coisa tao bonitinha e fofinha que eh protegida de Deus. A minha avo mesmo eh uma das pessoas mais favoritas de Deus.

E vo eh tao bonito que eh mae do pai da gente e eh nossa mae tambem. E minha ela eh ate madrinha.

Vo tem coracao manso, sabe costurar, ja viveu o que a gente nao viveu ainda e sabe de tudo:

hoje minha avo disse: manda ir plantar batata no asfalto e esperar nascer. E disparou a rir. E eu tambem ri daqui, ri no fundo do coracao, que eh uma risada discreta e confortante.

Minha avo eh mesmo linda. E eh minha.

11 de set. de 2010

sobre musicas

Musica bonita eh tao bonita que fala pra gente, ne?

E pensei que poderia escrever todas as partes que falam por mim.

Uma vida eh tao pouco as vezes.

5 de set. de 2010

foi numa conversa

Deus fala com a gente. Fala de uma maneira desleixada, rindo, com piadas e codigos. Deus ri das bobagens e faz zomabria de coisas bobas. E porque ele nao `pode` falar das pessoas diretamente, ele fala por meio dos outros. E ai eu penso, poxa Deus, deve ser chato ser voce, hein? E rio e ele tambem ri, porque o que eh que a gente pode fazer quando a gente eh a gente, ne? Ai me lembro como uma notinha que escrevi num papelzinho colorido e colei num lugar em que vejo que a gente pode mudar quando precisa. Porque a gente nao eh Deus.

Beijos de mentirinha que somem no ar depois que mando.

3 de set. de 2010

o dia esperado

Chegara o dia em que as pessoas irao parar de ler coisas que nao deveriam ter lido, e vao fechar o tal livro e olhar para o outro. Olhar e ver.

Chegara o dia em que as pessoas, ao caminharem, serao sensiveis o bastante para observarem seus proprios pes. Ainda que feios.

Chegara o dia em que as pessoas irao passar a mao no cabelo toda vez que entenderem algo subliminar que precisa ser entendido. E vao sorrir com aquele sorriso que so as pessoas inteligentes por capricho da natureza ganharam.

Chegara o dia em que o vento que passa na janela nao apenas passara. Ele vai parar, ainda que so por um pouquinho e deixar muita magia no ar. Sim, magia. Mas nao se assuste com o que nao precisa assustar.

Chegara o dia em que as pessoas que nao sentem as coisas sentirao e, a partir dai, pensarao duas vezes antes de pensar as coisas, antes de desejar coisas para `os outros`. Porque as pessoas que desejam as vezes nem sentem, mas `os outros` sentem.

E chegara o dia em que eu vou falar tudo que eu quiser na vida, inclusive sem poesia, como `vai tomar no cu`. Eh bom, sabe?

estive pensando

Estive pensando sobre espacos, sobre pensamento livre, sobre nao guardar segredos, sobre chatura, sobre observacao, sobre intuicao, sobre cansaco, sobre sacar, sobre preguica, sobre maturidade, sobre conversas, sobre coisas que a gente ouve por ai, sobre opinioes parecidas, sobre vontade de rir quando nao pode, sobre guardar a lingua dentro da boca, sobre coracao, sobre protecao, sobre abracos, sobre palavras, sobre diferencas, sobre crescimento, sobre ignorancia, sobre mudancas, sobre cada coisa que eu nem te conto...

aos meus queridos

Esse post eh sobre saudade, aquela saudade gostosa que a gente gosta de sentir porque sabe que gosta da pessoa. Entao, eh que hoje, agora, me bateu uma saudade. Uma saudade que eu ja sentia. Do Barry, do Maurice e ate do Robbin. E de voce, Andy. E uma saudade de nos, minha familia, quando penso em voces todos.

E fiquei pensando se o ceu eh longe. Por causa da saudade, Maurice e Andy.

Ah, que saudade!

18 de ago. de 2010

a pergunta

Coisas que a gente repara e vê, ou coisas que a gente repara e só existem na nossa cabeça?

Essa é a pergunta que fiz para o meu eu interior - sim, eu mesma - hoje.

e olhando pra mim

E sobre o post de como te olhei, queria dizer que isso me fez olhar pra mim também. É tão bom a gente conseguir sair da gente e se ver com olhar de estrangeiro, não é? É que eu lembrei de como ontem, não necessariamente sendo ontem, eu sentia arrepios (sentirei ainda?), frio na barriga, dava sorrisos involuntários e, ainda por cima, tinha saudade. É que eu gostei (não de você, porque de você eu já gosto desde que você nasceu. Família é assim, né? Tô falando demais.). Mas agora me pego rindo de mim mesma, me achando uma boba e, o melhor, rindo disso. É tão bom rir da gente mesma enquanto é tempo. E lembrei que tudo passa e tudo muda. Tudo não, porque no meu mundo nem tudo passa e nem tudo muda. Mas é maneira de falar, essa coisa de generalizar. E é tão bom sentir 'nada', a não ser o que você quiser. Essa coisa de coração e sentimento mandando na gente é coisa do passado. Foi coisa de ontem.

hoje te olhei assim

é que hoje eu te olhei e te vi e nem senti nada. Apenas sorri. Achei bonitinho. Você e o que eu senti um dia e sentia sempre-desde-então-de-vez-em-quando. E nessas horas fico pensando que sou mesmo de lua. E que esse negócio de sentimentos, uma pena, não é pra entender. É pra sentir e deixar de sentir. E na fila do banco, prevendo o que eu sentiria mais tarde - embora nada a ver tenha com o tal do amor - pensei em quanto tempo vai durar o amor que um dia nascerá em mim. É que sou inquieta, inconstante, agitada. E enjôo fácil. Seria eu capaz de me 'aquietar', apaixonar e permanecer? Só pagando pra ver. Mas, "viver é pagar pra ver", não é?

16 de ago. de 2010

é sempre assim

É sempre assim: só acontece quando a gente não está esperando. E estou falando das coisas boas.

É quando você acorda tarde, fica o dia inteiro deitada no sofá, vai de tarde à casa da sua-prima-irmã-dele, dá umas voltas sem rumo de carro, volta pra casa e vê novela naquele canal que só passa programa velho da Globo e entra no msn por acaso que as coisas realmente acontecem. Aquelas coisas, sabe, que vocês estavam planejando-enrolando há meses e nunca acontecia.

É quando você está se arrumando, está com uma visita na sua casa que você não sabe quem é, com o portão da garagem todo aberto e com a blusa também toda aberta que as 'testemunhas de jeová' aparecem. Você, que esperou a sua vida inteira pra encontrar com as testemunhas de jeová vai se encontrar logo quando está saindo para ir à missa. E tem que mentir que lê a Bíblia e sabe onde está o versículo tal do livro tal. E aí a pessoa cisma de te mostrar, e você diz que 'pode deixar'. É sempre assim: quando você menos espera. Aí você pega um papelzinho daqueles que você está cansada de ver aí jogado pelas ruas e lembra de pedir o endereço do 'salão do reino' (?). E elas se empolgam porque acham que você é 'uma alma a ser salva', e você, com dó, nem pensa em desenganá-las. Mas aí você lembra que nem lembra mais de tudo o que você leu sobre eles na vida. E recorda que aquele livro super-ultra-mega interessante das testemunhas de jeová e da maçonaria está em Belo Horizonte. E você nem vai poder ter aquela conversa super exicting com eles, porque.. cadê seu livro na hora que você mais esperava tê-lo? É sempre assim: quando a gente menos espera, acontece.

É sempre assim.

13 de ago. de 2010

Um post pra ela

Um post pra quem é geniosa e dá sempre a sua opinião. Pra quem lê jornal no ônibus, na espera ou no avião. Um post pra quem é viciada em sorvete e parece até criança. Um post pra quem pinta as próprias unhas porque gosta. Pra quem bate o olho e gosta. Ou não gosta. Um post pra quem gosta de estudar e acha que aprender tuuuuuudo é umas dos melhores brindes que a vida anda distribuindo por aí. Pra quem perdeu e perderá todos os prendedores de cabelo. Que acha que o dia só começa depois que a gente toma banho. Que corre do sol porque 'prefere ficar branquinha'. Que amarra o cabelo com dó de marcar. Tem preguiça de tirar o rímel à prova d'água e chama a tia no bate papo do gmail pra desabafar. Um post pra quem coleciona lembranças em uma caixinha colorida toda especial que guarda em cima do armário. Pra quem acha lindo taças de sobremesa coloridas. E limpa a casa como uma verdadeira dona de casa que já é sem ser completamente. Só dirige correndo. Presta atenção naquele trechinho da música e só fica voltando. Lê frase bonita e guarda pra sempre. Folheia revista da Avon só pra passar o tempo. Bate altos papos com a moça que trabalha na casa da gente. Acompanha as pesquisas políticas, pede voto e faz campanha. Acha que no país só deveria existir pinheiros. E quando escuta o vento bater na quina do prédio lembra do texto "The Company of Wolves" que leu, gostou e até tirou uns quotes. E acha que os lobos não são tão maus assim... se é que você a entende. Um post pra quem aprecia móveis antigos de madeira. E gosta de arquitetura e já tem a sua casa dos sonhos planejada nos sonhos de nuvem branca e fundo azul anil. Resolve as coisas para os outros mas fica ansiosa pra resolver pra si mesma. Gosta mas nem sempre demonstra. Mas para alguns demonstra com carinho. Para quem anda de chinelo pra cima e pra baixo. Guarda o bom pra usar nas horas ruins. Um post para quem acha que a ironia é uma das coisas mais inteligentes e bem humoradas que Deus permitiu à vida desenhar. Assiste programas da tv paga banais - leia-se todos sobre casa, casamento, família, filhos, comportamento, anomalias, mistérios e coisas esquisitas. Escreve porque falar tudo o que pensa o tempo inteiro é chato. E é 'roubada'. Ri por dentro, mas é sem maldade e não é sempre não. Tem pasta pra guardar os desenhos que fez mas não sabe onde está. E usa borracha importada pra desenho porque desenhar é coisa séria. É talento, acha ela. Acha lindo. Às vezes não vai com a cara, simplesmente. Ou às vezes vai com a cara, simplesmente. Já conhece sem conhecer. Dorme bem de noite com cachinhos de ouro que não existem quando confia em Deus.

Um post pra ela, que sou eu.

sobre lágrimas

"Ao longo da vida, nos derramamos lágrimas de tipos diferentes. O que provavelmente não percebemos é que cada tipo de lágrima vem de um lugar particular do corpo e tem características próprias. As lágrimas de raiva brotam no canto externo do olho. Quando aparecem em momentos inesperados e em horas impróprias, são mais fáceis de serem enxugadas. Nós certamente não queremos que os outros saibam que estamos com riava.

As lágrimas de tristeza brotam do canto interno dos olhos e escorrem pelo nariz, bochechas e lábios. Por alguma razão nós sempre lambemos as lágrimas tristes. Sabemos que elas são salgadas e em geral vêm das experiências amargas da vida. As lágrimas tristes partem do coração. Geralmente, quando choramos de tristeza, curvamos os ombros e baixamos a cabeça.

As lágrimas de medo enchem os olhos e toldam a nossa visão da mesma forma que o medo. Quando estamos com medo não conseguimos ver nem pensar. As lágrimas de medo são em geral grandes, sobem até os olhos e escorrem pelo rosto todo. As lágrimas de medo atravessam o corpo e nos fazem tremer. " (Iyanla Vanzant - Ontem, Eu Chorei)


Mas não foi ontem não.

sobre uma sexta feira 13

... e será que essa tal sexta feira 13 existe? Sim, hoje é uma delas. Mas estou falando de todo aquele clima que cerca um dia tão falado como esse. Esse 'clima', existe? É que nem dou importância. Uma pena, porque gostaria de ver todas as tais bruxas, feitiços, magias, figas, poções, caldeirões, rezas, danças, invocações e tudo o que vem no kit-sexta-feira que a gente compra sem querer no dia 13. Mas eu ia ver só de longe, sabe? Com olhos de cientista que estuda as coisas. Porque eu gosto muito de observar. E me interesso por tudo o que é estranho, porque o estranho e o diferente e o que eu nunca consigo entender me fascinam. E ia só olhar, sem acreditar mas acreditando. E, no fundo, sabendo que não existe só porque no fim decidi não acreditar.

Mas então. Interessante essas coisas que a gente não conhece e exercem um fascínio na gente justamente por serem desconhecidas, né? Mas, essa, eu deixei passar.

12 de ago. de 2010

meu colesterol que não escolhi pra mim

Um post sem poesia e sem mistério. Um post muito fácil de entender:

eu tenho colesterol alto. Pronto, falei. Nem sou gorda e tenho colesterol alto. Duas vezes mais triste. E é genético. E quando meu pai deduziu que eu estava dizendo que a culpa era dele e da minha mãe, e até me perguntou se eu achava que a culpa era dele, disse que sim. Porque é genético, sabe? Então, em outras palavras, a culpa era dele sim. Meu pai e minha mãe, pra mostrar que eu sou mesmo filha deles, me passaram até as coisinhas não tão agradáveis assim (o tal do colesterol alto). E eu estou tão triste com esse senhor do mal. Senhor das moscas, eu poderia chamá-lo. Como no livro que li e que me deixou com medo.

Um dia - um dia - me vestirei com roupa séria, abrirei um mapa na mesa (que eu não sei pra quê) e estudarei o meu caso. Terei que bolar um plano, um super plano, para combatê-lo. Sim, porque se eu sou mais forte do que eu, eu também sou mais forte do que o meu colesterol. Eu tenho mesmo é que reinventar e criar táticas mágicas que só a minha intuição e grande imaginação soprariam no meu ouvido. Como viver bem sem parar de comer coisas boas e sem começar a comer coisas ruins? Difícil, né? Mas, nessas horas, tudo o que você precisa ser é artista.

10 de ago. de 2010

desvendando a vida

Às vezes fico pensando que a vida é tão misteriosa que é impressionante. E fica muito mais interessante quando há esse tal mistério no ar. Não fica?

E quando a gente acha que sabe uma coisa, no seguinte minuto não sabia nada. E quando a gente não sabe, aprende que sabia. Ah, essa vida.

Será que ela tem uma cor 'cor de rosa', rosto e ri da gente? Acho que sim, hein. E eu nunca vi ela triste. A vida, não. A vida é alegre, a vida é única e é tão poderosa. E ela sabe disso.

E essa vida que prega cada peça na gente... às vezes gosta até de agradar. E muito. Lembra aí uma coisa que te aconteceu e que foi tão linda que você até escreveu no seu diário da mente. Lembrou? Então, foi presente da vida. É, a vida é amiga. Às vezes não parece, mas é. Porque amigo é assim, não é mesmo? Briga também, puxa a orelha, fala mais bravo. Igual a vida. Só que a vida é ainda mais amiga. Uma amiga muito maior. Tão grande ela, né? Tão imensa de grande é a vida que a vida dos outros, por exemplo, a gente nem sabe como é.

E que a vida continue assim, com seus mistérios, nos fazendo interessados em descobri-la e, assim, vivendo-a.

Saudade de mim

Hoje, agora porque é noite e sempre me dá nostalgia, bateu em mim uma saudade de canetas marca textos e 653 livros na cabeceira, taça de sorvete enorme, caminhadas com minha tia e a vizinha, idas à costureira, relógio pra contar o tempo de corrida, o bolo só de gula, os pensamentos, a saudade que eu tenho dele e não conto, estudos sobre coisas interessantes que desenvolvo por hobbie, pensar, sorrir, escutar sempre aquela música, levar todo mundo de carro, lavar vasilha pra moça aqui de casa, deitar no sofá sabendo que vou dormir, caneta preta de escrever convite, um chinelo fashion que só tem no Rio e que vi na vitrine e não comprei, o passeio especial de presente, as conversas com as pessoas que gostam e sabem conversar, a receita que fiquei de copiar e nunca fiz, o dia de ontem que foi muito ontem, sol fraco de manhã batendo na violeta que está na janela com grade branca nem sei porque, água, vizinhos, cartões postais, pulseiras, dois esmaltes que comprei só porque vi, papelaria, pasta colorida pra guardar cada coisa que coleciono, conversar com ele no msn, me arrumar, esperar ele chegar, ir pra fazenda, comida de roça, fofocas de família, saber de você sem-querer-mas-querendo, política, chicletes.

Hoje, bateu em mim uma saudade de mim.

8 de ago. de 2010

Sobre pais

Diz-se por aí que mãe é tudo igual. Concordo, em parte. É tudo igual porque a maioria (então não é tudo igual, né?) ama o filho mais do que tudo e morre de preocupação. Mas hoje li um texto de Martha Medeiros no jornal que dizia: mãe é tudo igual mas pai, não. A autora dizia que há pais ausentes e há pais presentes. Há pais que moram na mesma casa, mas há pais que se separaram e têm até outra família. Há pais que jogam futebol com o filho e há pais que não gostam disso... Mas mãe, bem, mãe é tudo igual: amorosa, zelosa, preocupada, puxa-saco (ainda continuo achando que a minha é diferente..... a minha é muito mais do que isso!).

E já que pai é tudo diferente, o meu é mesmo: meu pai, pra começar, é o pai mais bonito do mundo. Sério mesmo. Parece até galã de filme de Hollywood. Até abracei ele hoje, dei parabéns pelo dia dos pais e falei "pai, você é tão bonito!". Meu pai é mineiro e torce para o Santos. Ele nasceu no Brasil mas é americano e torce para a Holanda. É sério, mas faz todo mundo morrer de rir. Tem dupla personalidade - aliás, tripla: a do terno, a do fazendeiro e a do esportista-que-não-faz-esportes nos dias de domingo. Tem o cabelo grisalho, que é de 'preocupação', de 'genética' e de 'charme'. É também a pessoa mais inteligente no mundo inteiro e sabe tudo tudo tudo tudo. Mesmo. Acho até que ele é um gênio. E nunca tive medo na vida, porque sei que tudo o que eu não sei e mais ninguém sabe, meu pai sabe. E é forte. Tão forte que deixa qualquer um fraco. E já falei que ele é o mais bonito? Sim, por fora e por dentro. E é meu. Obrigada, meu Deus, por ter escolhido a dedo um pai pra mim: o mais sério, bravo e fofo do mundo, que é a minha cara e, por isso, é meu pai. Você caprichou mesmo. Meu pai é lindo, Deus! E até sei que você bem que concorda comigo! Não foi você mesmo quem o escolheu pra mim? :)

6 de ago. de 2010

ser pessoa sem ser pessoal

"Já sei que só daí a dias conseguirei recomeçar enfim integralmente a minha própria vida. Que, quem sabe, nunca tenha sido própria, senão no momento de nascer, e o resto tenha sido encarnações. Mas não: sou uma pessoa. E quando o fantasma de mim mesma me toma - então é um tal encontro de alegria, uma tal festa, que a modo de dizer choramos uma no ombro da outra. Depois enxugamos as lágrimas, felizes, meu fantasma se incorpora plenamente em mim, e saímos com alguma altivez por esse mundo afora."

Porque bom mesmo é ser a gente. Assim, do jeitinho que a gente é. Sem mudar por causa das pessoas, sem ir na onda dos outros. Sem se deixar influenciar. É tão bonito uma pessoa que é uma pessoa, não é? E uma pessoa que é ela mesma, é mais bonito ainda! E é tão triste, e tão desanimador, dá até muita preguiça, uma pessoa que nunca foi ninguém. Uma pessoa que tenta ser um pouquinho de cada um e no fim sai um mistureba, é engraçado. Mas uma pessoa que está tão perdida que não tem uma personalidade, isso é engraçadíssimo. Mentira; engraçado nada.

Mas só estou falando isso porque acho tão fantástico esse negócio de características e de personalidade. Tantas por aí, e tem gente que não tem nenhuma. Será preciso nascer de novo?

5 de ago. de 2010

tudo o que eu quiser

'De hoje em diante' eu achava que faria tudo o que eu quisesse. Mas isso foi ontem (ontem é só modo de dizer, tá?).

E se eu for fazer tudo o que eu quiser, eu vou ter, primeiramente, que pensar muito pouco. Aliás, pouquíssimo. Mas isso é tão difícil. Porque geralmente, geralmente todos os dias, gosto de pensar. De pensar e refletir. De "dificultar". E de pensar nas possibilidades. Como hoje.

E eu, que ora sim, mas ora não, volto atrás e pergunto à mim mesma onde foi que tirei essa idéia de fazer tudo o que se quer. Às vezes, não compensa. Às vezes. "Às vezes" não no sentido de 'algumas vezes', mas no sentido de 'talvez'. Sim, talvez não valha a pena. Eu vou lá saber...

Aí, ó: já complicou.

os sentidos

Dizem que são cinco os sentidos. Mas eu sei que são mais.

Há aquele sentido de ouvir, diferente daquele de escutar, em que você ouve susurros no ouvido e se livra de muita coisa. Há também aquele sentido de falar que te faz falar de verdade. Falar de verdade é difícil. Poucos o fazem, porque geralmente cria um problemão. É, ser sincera, que é a qualidade de quem desenvolveu esse sentido de falar (falo do sentido de verdade), é difícil hoje em dia. Tão difícil que abriu-se uma discussão mundial que já dura milhares de anos pra resolver se ser sincera é qualidade ou defeito. Estou esperando a resposta.

Mas então. Antes que eu me perca, voltamos para os sentidos.

É que vim falar daquele que mais gosto e que mais existe em mim. Dizem por aí que ele é raro e nessa hora até me sinto um pouquinhozinho especial.

É o sentido de sentir. Sabe? Sinto. Apenas. Sinto com os olhos e sinto com os ouvidos. Sinto com o que ouço e, principalmente, com o que não ouço. E sinto, acima de tudo, com a alma. Com o coração, não. Porque com o coração a gente sente, geralmente, as coisas do coração. É, essas coisas de amor e paixonites e de estar levemente (ou profundamente) apaixonada, sabe? Mas com a alma sente-se TUDO.

Gosto, sim. Mas, às vezes, não. Sinto quando uma pessoa está triste, por exemplo. Sinto, principalmente, quando a pessoa está triste mas finge que está feliz. Este é o pior tipo - digo, o mais triste.

Hoje - outro exemplo - senti uma coisa que nem vi acontecer. É que minha faxineira começou a me contar um caso e, no meio do caso, disse "SIM". E ela olhou assustada, como quem confia numa voz que sabe o que diz (no caso, a minha rs) e acrescentou: e isso eu não tinha contado pra ninguém... só comecei a contar pra você. Sim, eu já sabia. Começa a me contar o caso que o meio e o fim eu costumo saber. Ou adivinhar. Ou sentir. O tal do sentimento de sentir que eu falei ali em cima, sabe?

E nessas horas, até gosto. Gosto de sentir que tenho certeza. Gosto de sentir que geralmente é isso mesmo que minha alma me diz ou me disse. Gosto tanto.

É, esses tais sentidos... são diferentes de pessoa pra pessoa, né? Bonito, isso. Misterioso.

Adeus

Hoje eu vim dizer adeus às melhores companhias do mundo. Por isso, adeus sorvete-querido-amigo-preferido-do-mundo-inteiro, hambúrguer, ovo-frito-que-tanto-amo, catupiry, arroz piemontese, pizza, cachorro quente, milkshake, filé ao molho madeira, batata frita, bombom de nozes, torresmo, caldo de frango, tortas, salgadinhos e tudo o que é gostoso na vida.

E, depois desse adeus, consolo a mim mesma repetindo sem parar, como em uma lavagem cerebral, que essas melhores companhias são, na verdade, as piores. Só fazem mal.

Sim, agradam, saciam, dão alegria, dão sensação de prazer e tudo mais de bom que essa vida curta proporciona. Mas fazem um mal tão grande, mas tão grande, que nem ver a gente consegue. É que Deus poupou a gente de ver tão grande mal com medo de a gente não aguentar. Vai que a gente assusta. É inteligente aquele que não viu mas sabe.

Por isso, com o coração na mão, antes que esteja com ele na mão literalmente, vou dar adeus a todas essas coisinhas atraentes. Até porque, a gente dá mais valor quando come só de vez em quando. Menos sorvete, é claro. Sorvete eu como desde que nasci e, desde que eu me lembre, sempre comi 5 vezes ao dia todos os dias. E não virei uma bola de sorvete eu mesma porque Deus me ama muito e não me deixou engordar. E Deus, que deve me achar feíssima gordinha, não me deixa assim ficar. Valeu, Deus! :)

E nessa hora lembro de algo que escutei uma vez, parada no carro: "ser gorda não é apenas feio, é sinal de falta de saúde". E nem sei porque estou falando isso, porque não estou gorda. Mas em falta com a saúde, isso sim eu estou.

2 de ago. de 2010

imprevistos, previstos e avisos

Fui avisada. Avisos podem vir em forma de sons, palavras, chuva ou ventania. Avisos doces, avisos ásperos. Mas, avisos. Avisos, no fundo, sempre querem o bem.

E eu gosto de receber avisos. Por cartinha, por fofoca, por sorrisos, por manotas, por gestos, por ameaças, por amizade, por falta de jeito, por olhares. Avisos que me avisem, sabe? O imortante é escutar. Escutar, não. Perceber. E isso exige muito. Se você não for sensível um pouquinho que seja pode deixar passar despercebido.

'Avisos' é assim: interpretar sinais. Um pássaro que voa. É um sinal, não é, se você olha e aprende a observar?

E o que eu mais gosto são os avisos por sentimentos. Aqueles que você 'sente', sabe? Simplesmente sente e sabe que é. E gosto também dos avisos por imprevistos. Acontece um super imprevisto bem previsto e você lê como aviso.

E o que eu mais gosto mesmo é como Deus, com sua mão e seu jeito doce, faz de tudo para te avisar. E te avisa. De um jeito doce, com uma paciência grande e, ainda por cima, com um sorriso no rosto porque Ele está alegre por você.

Sim, acontece.

1 de ago. de 2010

sem entender

É que eu acho tão feio esse negócio de mudar depois, sabe? Não, né. Mas não vou falar claro não.

É que é de um jeito antes, e muda depois. E tudo fica meio cinza. Sim, porque cinza é a cor da incerteza. E uma cor sem graça.

E eu que gosto de mistério perco a graça, fico 'murcha', e no outro dia esqueço o que aconteceu. E olha que eu nem queria esquecer. E você vem e me lembra de novo, mesmo, que às vezes, sem querer.

E depois volta tudo do mesmo jeito. Com essa coisa de mudar depois, sabe? Mudar e ficar mudo, até. Nem sei porque e nem sei pra quê e nem vou saber. Porque tenho preguiça de tudo o que me dá preguiça.

E só escrevi esse post porque a gente tem que saber lidar com as coisas que chateiam a gente e nos deixam 'desentendidas'. Às vezes ajuda a clarear, vai saber.

Mas acho que não. É, hoje vou dormir sob um céu azul escuro.

como um dia de férias

Ah, como eu gosto das férias. Gosto, porque férias a gente só tem quando a gente é criança, adolescente e jovem. É, eu acho que ainda sou jovem. Nem que seja só de alma. E por isso eu ainda tenho férias. E as minhas são as melhores do mundo. Às vezes fico em casa sem fazer nada, mas de repente acontece algo em um dia que faz tudo valer a pena. Algo tão esperado que vale pelas férias inteiras. E fica marcado, como tatuagem, na alma da gente. Na alma não, no coração, que é onde essas coisas que envolvem paixonites ficam guardadas. Sim, coração.

E o meu tá batendo com uma preguiça que deixa a gente preguiçosa assim porque não quer ver o tempo passar. Quer que sempre seja 'ontem'. Sim, como se fosse ontem. Como se aquilo que aconteceu fosse pra sempre ontem. Assim, pertinho. Pelo menos por enquanto. Porque eu também acredito que um dia algumas coisas já não façam mais a mínima.

Mas, por enquanto, fazem. E me dão arrepios e sorrisos e suspiros. E fico lembrando sempre só pra ter essas sensações de novo. E então páro de lembrar por uns instantes, que é pra não enjoar. Se não fica 'banal', nem fica mais 'especial', sabe? E é muito especial pra mim. Até pintei de cor de rosa e pus num mural que fica dentro da caixa de segredos bordada com renda e cara de romântica do meu coração.

E hoje, que as férias acabam para algumas pessoas, dou um 'tchau' da janela, batendo a mão devagar e com bico no rosto. É saudade. E já peço dentro de mim que essas férias nunca acabem, nem que seja só na cabeça da gente. Ou que se repitam. E que todos os dias sejam férias.... Aliás, todo não. Só alguns, como estes, para serem assim pra sempre tão especiais.

29 de jul. de 2010

O encontro

Hoje estou sentindo falta daquela amiga que usa rosa mas é brava. Que escreve bonito e capricha na letra. Que bebe água sem parar por obrigação. Que inventa todas as desculpas para tomar um sorvete. Que fala sincero, ainda que nem sempre de forma tão clara, mas de forma irônica que é mais 'inteligente'. Que tem um celular bonito que nunca usa, mas fica doida pra usar com 'ele'. Que nem sabe se decidir quando acha que decidiu. Que às vezes nem presta atenção em nada, porque é distraída, ou porque não quis mesmo. Que passa e olha os portões da casa, e presta atenção nos detalhes pra depois desenhar. E começa um livro e começa outro e outro até começar 23 e aí sim ela prossegue a leitura de todos eles. E tem sempre um lugar em sua mente, de quando brincava quando criança em sua casa, que te lembra a Inglaterra. Que arruma os dvds na estante. E deixa um monte de coisas de lado porque não liga a mínima. E ri calada, dentro de si. E pensa muito. E pensa cada coisa. E sente as coisas e adivinha tudo sem querer. Mas às vezes adivinha só porque quer. E fica pensando de onde foi que saiu essa coisa que ela não sabe o nome, de sentir e saber, sabe? E às vezes fica sozinha, só pra ficar com ela mesma, e pensa que isso nem é estar sozinha. E diz que o verbo mais bonito é 'aprender', mas nem sempre ela aprende. Mas ainda há tempo. E como ela gosta do tempo. Ainda mais quando ele está de um azul escuro nublado prometendo chuva. Até te dá saudades do passado e do futuro....

Um dia a gente se encontra e se reconhece.

28 de jul. de 2010

é hoje

Sabe quando você fica tão feliz, mas tão feliz que nada mais importa? E você até sorri com o sorriso largo, brilho nos olhos e um olhar de criança? E você só pnesa naquele presente embrulhado em papel importado que você ganhou? E fica ansiosa, inquieta e, mais uma vez, com sorrisos nos lábios? Sabe quando você volta a ter 10 anos de idade, volta para aquele dia em que você ganhou aquela super fantasy barbie ou aquele video game que seu tio trouxe dos EUA pra você e seus primos ficaram na sua casa pra jogar? Sabe quando você sai de cena, sim, sai de onde você está, nesse lugar real, e passa até a viver em um lugar imaginário, mais precisamente num jardim? E lembra daquela fase do jogo que tinha até monstro mas você derrotou? E ainda pede um sundae pra comemorar?

Então.

dia da alegria

Hoje é mais um desses dias da alegria em que tenho vontade de enfeitar o mundo todo de bandeirinhas coloridas e dar apito pra todo mundo soprar.

Ah que alegria é ver uma alegria sendo planejada e, em parte, cumprida. Ver que ela está indo direitinho... Só porque não pus nas minhas mãos, mas na mãos de outra pessoa, que são as mãos mais fortes e competentes que eu já vi na vida. Sim, estou falando das mãos de um neném chamado Jesus! Fofo demais ele, né? E ainda por cima é meu super camarada número 1! =)

Celebrando o fim

Hoje celebro o fim de uma amizade.

O fim de uma amizade que tentei por muito tempo conservar mas fui derrotada. E nem fui a primeira a desistir dessa amizade com ele, um senhor (olha o meu respeito) de quase 40 mas que tem mentalidade de uns 12, 13 anos.

Deixo para trás, em um lugar que eu jamais conseguirei ver (porque escolhi assim), muitas chateações, comentários bobos, crítcas sem fundamento (críticas às lojas que as pessoas frequentam, ao preço do dólar que julguei barato, à viagem que fiz, ao quanto eu gastaram e por aí vai). Também não posso esquecer (só agora, porque daqui a pouco já terei esquecido) das picuinhas, brincadeiras de criança, linguajar muito vulgar, inveja, muita inveja. Vai saber de quê. Ele deve ter seus motivos-que-não-me-interessam.

E da minha parte deixo pra trás muito saco cheio, muita impaciência, muita cara de paisagem, muitos comentários guardados só pra mim, muita vontade de dar um murro :)

E penso que o fim também é um começo. E começo a achar que deveria ter terminado essa amizade todas as vezes em que terminei e você não sabia.

27 de jul. de 2010

Decidi!

Hoje, a-g-o-r-a, eu estou tão decidida que penso até que gostaria de me sentir pra sempre assim!

Ah, como eu queria ser decidida, direta, certa. Mas aí eu penso que as pessoas decididas são secas, frias, sem graça e sem brilho. Deve ser chato não enrolar, saber a resposta pra toda tentação-aventura-oportunidade-escolha-situação assim de cara. E nem quero mais. E começo a pensar que ser indecisa tem seu charme todo especial e te dá a desculpa de 'parar pra pensar', não responder poque 'está refletindo', não escolher porque não pode e não consegue e acabar ficando com todos (todos, todos. Coisas e garotos). E você ainda pode pedir todas as pessoas de quem você gosta para dar seus palpitinhos coloridos e te ajudar a fazer uma escolha mais sensata.

Mas sobre esse "assunto" prefiro ser assim, como estou agora: decidida. Pra sempre, pliz.

Posts sobre um mesmo assunto

É que alguns assuntos estão a mil nesta minha cabecinha de vento. Sempre os mesmos. Será que até quando eu ficar velha? Se a alma não envelhece, como dizem por aí, sim.

E quando menos quero pensar, mais acabo pensando, pois pensei pra tentar não pensar.

E até descubro que esses pensamentos estão a mil mesmo é no coração da gente. Isso sim.

E é um eterno pensa-mento.

Passo só pra despistar

Uma. Duas. Três. Zilhões de vezes.

Aí eu páro. Crio coragem e páro. Chamo alguém, que não tem nada a ver, pra conversar. E depois me sinto um 'pouquinhozinho de nada' mal, porque meu objetivo mesmo era ver você. Só ver assim, de longe. Porque ontem quando eu te vi eu até fingi que não te vi, e pra eu fingir eu tive que ficar sem te ver mesmo. É, nem olhei pra você. Mas eu queria, viu? Queria ontem. E hoje também. E eu estou escrevendo isso aqui só porque daqui a alguns dias eu não vou querer mais. E pra eu lembrar que um dia eu quis, e em outro dia não quis, e que eu mudo de idéia. É, as coisas mudam.

26 de jul. de 2010

adivinhação confiável

Hoje estou pensando sabe o quê?

Que eu queria ter uma bola de cristal que funcionasse de verdade e sempre. Não estou reclamando dessa parte de mim mesma que adivinha um monte de coisas, não. Mas é que essa parte de mim às vezes fica com preguiça e resolve não cooperar. Ou então essa parte de mim se deixa levar por sentimentos, encantamentos e paixonites e nem me respeita. Difícil, viu. Difícil perder a moral para o seu coração e nem conseguir mais mandar nos seus sentimentos. E olha que eu nem estou apaixonada. Hoje não.

O mistério e a graça

Seria o mistério a graça da vida? Essa coisa de 'não saber'?

Bem, acho que sim. Agora mesmo estou um pouco enjoada desse mistério todo, porque sou meio ansiosa e perco a paciência fácil, fácil. Mas, geralmente, eu gosto. Gosto tanto que até fico empolgada e ansiosa e pinto de azul. E espero. Gosto de esperar. E atraso, só pra adiar. Adiar uma alegria que tem cara de mistério. Uma alegria tão doce e tão misteriosa que, se desvendada, perde a graça.

Mas hoje eu já estou sem graça. Fiquei assim desde ontem, quando descobri tudo (tudo nada) e desvendei esse mistério contra a minha vontade. Por mim eu o alimentaria mais uns 3 meses, deixando um rastro de nuvem e estrela atrás. Rastro azul.

Mas a vida é assim mesmo, né? Pra quem é sensível e tem a tal sensibilidade inteligente, tudo é claro demais. Daí a gente cria imaginários pra trazer um quê de mistério e uma pitada de emoção.

Ah, porque o mistério é tão mais emocionante. E tão mais bonito e atrativo. Volta!

24 de jul. de 2010

(não) esperando na janela

Então. Eu agora não chego mais perto de janela nenhuma. Vou até fechar e trancar, que é para não render à tentação.

É que é quando a gente menos espera que as coisas gostosas acontecem...

23 de jul. de 2010

Para a dúvida

Querida dúvida -cruel.

Por favor, se renda. Suma. Se esconda. Só por hoje a noite, e amanhã o dia inteiro. Depois que passa você pode até aparecer, porque a gente até pode ter dúvida, mas não adiantará mais.

E nem me venha com seus 'conselhos' (que chamo de 'chantagem') pra me fazer se sentir arrependida, porque se eu gostar, eu nem fico.

Viu?

I'm through

Hoje peguei meu livro Ariel, da Sylvia Plath e deixei no sofá. Não sei porque, mas quis deixá-lo lá. E agora, sob forte inspiração e plágio, uso-a para fazer o meu poema.


You do not, you do not do
Any more, black shoe
In which I have lived like a foot
For twenty-four years, poor and white,
Barely daring to breathe or Achoo

Grandma, uncle, aunt, cousin, I have had to kill you.
You died before I had time -
Marble-heavy, a bag full of God
Ghastly statue with one grey toe
Big as a Frisco seal

...

Not God but a swastika
So black no sky could speak through.

...

You stand atthe blackboard, grandma, uncle, aunt, cousin,
In the picture I have of you
...
But no less a devil for that, no not

...

If I've killed one man, I've killed two -
The vampire who said he was you
And drank my blood for a year,
Seven years, if you want to know.
Grandma, uncle, aunt, cousin, you can lie back now.

There's a stake in your fat black heart
And the villagers never liked you.
They are dancing and stamping on you.
They always knew it was you.
Grandma, uncle, aunt, cousin, you bastard(s), I'm through.

22 de jul. de 2010

quando chega o dia da sua vez

Quando você sente que 'passou dessa fase'; quando você fala de algo ou alguém como fala de nada e de ninguém; quando você faz o que quer sem se preocupar se ele vai achar que é por causa dele; quando você passa no mesmo lugar mil vezes, mesmo ele estando lá, só porque quer passar, e não por causa dele; quando você sorri e seu olho encontra com o dele e daí ele percebe que não é por causa dele, pois você já estava sorrindo; quando você fala que vai ligar mas fica com preguiça; quando você escolhe não atender o celular; quando você tem que ensaiar novas desculpas pois já acabou com o estoque disponível; quando você "deixa pra lá".........

dá um sentimento tão bom que você acha até que você é malvada.

Admirando...

Que eu aprenda a admirar. Colocar a mão no queixo, com relógio, e admirar. Admirar com um olhar fixo, longe e com brilho. Brilho nos olhos que quer dizer muitas coisas: doçura, força, sensibilidade, atrevimento de menina que desafia, ou às vezes é só a cor do olho mesmo. E tem que estar de rabo de cavalo.

E que eu admire, admire, admire e ache lindo as coisas que as pessoas fazem. Todas elas. Inclusive as coisas que as pessoas fazem com a gente. Mesmo as tristes, as injustas e as erradas. Porque, sejamos sinceros, algumas coisas são mesmo 'admiráveis'. E não apenas todas as coisas, mas também todas as pessoas que fazem essas coisas. Aquelas principalmente. É, aquelas das quais estou falando.

18 de jul. de 2010

sobre injustiça

Se eu pudesse escolher uma coisa pra sumir do mundo num passe de mágica, escolheria a injustiça. É essa coisa feia a coisa que mais me irrita e deixa triste no mundo. É por ela, quase sempre, que aumento o tom de voz, brigo, fecho a cara e fico emburrada. Uma pena que poucas pessoas façam isso. A maioria apenas "vê a vida passar" (e é passado para trás também com tanta sonsura!), e não faz nada para mudar aquilo que está errado e é injusto.

Tudo o que não é justo é errado, é ruim, é doloroso, é mau. Tudo.

Eu sempre pensei que uma voz, ainda que só uma, faria a diferença. Mas vejo que sou pequena se faço tudo sozinha. Hoje, meu maior desejo é que as pessoas todas usassem a cabeça e a boca que ganharam ao nascer e fizessem algo quando presenciassem uma injustiça.

desvendando 'O Segredo'

Uma vez (aliás, muitíssimas vezes) ouvi falar que aquilo que você quer, você consegue. Até fizeram um livro muito 'tosco' sobre isso, um tal de O Segredo. Comecei a ler, sim, afinal eu ganhei de presente (mas parei, tá?). E li que sua mente tem poderes incríveis de concretizar desejos. Tá, eu nunca dei muito crédito pra minha mente.

Mas bem. Hoje tive a prova concreta de que este livro é balela. Eu, que bem já desconfiava há milhares de anos.

O que você não quer, isso sim, se torna realidade, se torna tormento, se torna encheção de saco. Haha! Estou falando de um caso-amoroso-rolo-affair que começou na minha querida adolescência e durou até uns meses atrás. Pra mim, né. Porque pra 'ele' dura até hoje (hoje, literalmente).

E você, autora-de-O-segredo-que-eu-não-sei-o-nome, invente outra teoria, porque o meu caso-amoroso-rolo-affair me deu um trabalho quando eu quis! Primeiro era um mar de rosas cor de rosas, depois foi ficando chato até eu desinteressar (sim, porque graças ao meu bom senso, coração gelado ou qualquer nome que quiser chamar, eu perco o interesse mais fácil do que ganho). E agora, desinteressadíssima, 'ele' ressurge das cinzas, faz plantão no meu msn, manda mensagens que nunca são nem serão respondidas e me encontra na rua. Agora, que eu não quero.

Acho muito, acho mesmo, tenho até certeza, de que quando você não quer uma coisa (nesse caso, pessoa), você consegue! Eu hein!

15 de jul. de 2010

sensibilidade inteligente

Alguém me diz, por favor, como usar a tal 'sensibilidade inteligente' da qual falava Clarice?

Seria usar a sensibilidade (os sentidos) mas 'de forma pensada'? Tá, mas como? É que eu não consigo. Ou sou extremamente racional (na maioria das vezes), ou extremamente senitmental (diga-se, apaixonada).

Hoje mesmo, e ontem, anteontem (e, possivelmente, amanhã e depois de amanhã) estou dividida entre seguir o meu coração (tá, não seria bem o 'coração') ou a minha razão. E minha razão, pra facilitar as coisas, não anda bem das pernas. Anda 'sentimental' demais. Perdeu a moral para os meus sentimentos.

Ah, como as coisas mudam. Ah, como anteontem eu seguia a razão, ontem eu seguia meu coração e hoje... não sigo nem um nem outro! Fico paraaaaaaada. Logo eu, tão inquieta. Logo eu, que estava super-me-achando-o-máximo por ter incorporado a 'jovem' que existe em mim e fazer tudo o que eu tenho vontade, preocupando-se apenas com o que eu tenho vontade. Logo eu, que estava pensando em 'não pensar muito', apenas fazer e ser feliz, porque estava a fim. Agora me pego aqui, assim, pensativa.. pensando nos prós e nos contras.

Acho que quando a gente pensa demais é porque a resposta é 'não', né? Porque quando a gente quer e sabe 'que é' (que é assim, que deve ser assim, que sim, que siiiiim!), a gente vai lá, faz o que a gente quer e não pensa em mais nada e nem liga pra nada. Mas quando a gente para e pensa....

Bem, acho então que a minha sensibilidade inteligente me permite sentir 'um gostinho de saudade', sentir que gosto e gostei, mas não 'deveria' por motivos jus sanguinis (mentira, né gente. Não tem nada a ver com nacionalidade, mas bem que tem muito a ver com o nome e achei bonito!). Então tá.

14 de jul. de 2010

foi num dia de julho

Querido dia 14 de julho. De 2010. Você é um querido (embora eu provavelmente vá te esquecer - não o acontecimento em si, mas a data certa, sabe?) e eu quero que você fique guardado para sempre nos dias que formam a vida. Vou até te colocar em um porta retrato com borda de renda branca que eu pensei agora. Ou seria melhor em uma caixinha na parte do armário em que guardo coisas fofas? No meu coração eu já guardei, tá?

Pra você, só faltou um circo aqui na porta da minha casa, numa rua de ladeira, com velotrol no passeio e algodão doce cor de rosa. E a imagem de todos os meus primos queridos no fundo. E dos meu pais. E das minhas irmãzinhas. Mas tudo isso existe na mente da gente, não é mesmo? Ah, como estou sentimental. É que estou tão feliz. Tenho até vontade de chorar, e 'chorarei'. Estou rouca, gritei muito. Sou desastrada, mas não virei o pé ao pular.

Ah, querido dia de julho, você fez esse mês um tempo especial no meu arquivo pessoal de vida (e tinha como não ser pessoal?). E olha que nunca fui lá muito sua fã. Achava que chamando-se 'julho', que lembra 'junho' que vem primeiro que você, você queria copiá-lo. Invejoso! Mas agora o vejo como irmão do mais especial mês do ano- irmão não, porque junho é único e nenhum mês chega a se parecer com ele (e irmão parece, né?). E olha, agora me veio na mente rendas vermelhas bordadas pra colocar na moldura que vou fazer e guardar você. Uma moldura pra contornar meu coração.

sobre idade

É que hoje estive pensando. Hoje não, contando que agora já é cedo na madrugada. É que é de madrugada que a gente pensa mais. Fato histórico hein. Então, foi ontem. Quase agora.

Estive pensando sobre idades (mental e numérica, eu diria). Mas só vou traduzir uma parte desse meu pensamento. E a parte é essa:

quando eu era pequena, muito antigamente, eu tinha uma percepção errada sobre mim. Mas só percebi isso depois de 'crescida'. É que eu achava que quando eu tinha 15 anos, eu tinha 15 anos. Tipo, quiiiiiiiiiiiiiinze anos. Tipo, muitos anos, né? E pensava que quando eu tinha 18 anos, nossa, eu tinha 18 anos! Tipo, tempo demaaaaaaaaais. E hoje, ao olhar pra trás, tive a leve impressão de que eu era desse mesmo tamanho que sou hoje. Nem um centímetro mais baixa. O que dá mais impressão de já ser 'crescida' no começo da adolescência.

Tudo isso porque, ao olhar para a minha irmã mais nova, sempre vejo uma garotinha de 10 anos. E, ao olhar para a irmãzinha da amiga da minha irmã que estava aqui no portão hoje, a irmãzinha que já tem 7, pensei ter visto um neném, e assim a chamei. De 'neném'. E até apertei a buchecha. E puxei assunto só pra ouvir sua voz doce e suave de criancinha.

E agora de noite, pensei numa terceira pessoa, que seria minha prima, e 'realized' que ela tem 'já' 18 anos. E pensei nos namoricos dela dos quais, como prima, sou cúmplice (e como cúmplice, sou prima), e pensei que ela, também, é mais nova do que minha pobre mente consegue entender. E então me lembro dos meus 18 anos, e do quanto eu já havia vivido, experimentado, aprendido. E vejo que, sim, ela é velha. Tá, tá bom. Mas o que vale é o que a gente pensa, e eu penso que ela tem uns 14, 15 anos ainda.

Ainda...

13 de jul. de 2010

ainda bem

Ainda bem que o dia é claro e clareia meus pensamentos. Ainda bem ser menina, inquieta e feminina, e usar essa desculpa para me justificar. Ainda bem que troco pensamentos comigo mesma. E volto atrás. Ou vou adiante, depende do olhar. Ainda bem que posso fazer tudo o que quero. Ainda bem que faço tudo o que quero, e sigo o meu coração para não me magoar. Ainda bem que sou um pouquinho mais velha do que aquele menino, e posso usar da minha "experiência" para me safar. Ainda bem que o dia é azul, se renova sempre até o seu último dia e me dá mil poesias pra me inspirar. E, enfim, mudar. De idéia, ainda bem.

12 de jul. de 2010

seguir a força maior

Eu, que sou muito sensível, às vezes, de tão sensível, me deixo levar. Ainda bem que existe a tal "sensibilidade inteligente". Porque eu bem gosto - e sigo - meus sentimentos e o que o meu coração fala pra mim. Mas fato é que o coração de vez em quando se enfeita com purpurina vermelha, sopra coisas apaixonantes e a gente, com coroa rosa na cabeça e olhar voltado para o céu, faz o que não deveria fazer.

É nesse momento, como hoje (lembre-se sempre, Márcia), que eu paro, me recomponho, guardo a coroa rosa como lembrança bonita na gaveta e sigo a "força maior".

Dá certo.

8 de jul. de 2010

Do you realize?

Do You Realize - that you have the most beautiful face
Do You Realize - we're floating in space -
Do You Realize - that happiness makes you cry
Do You Realize - that everyone you know someday will die

And instead of saying all of your goodbyes - let them know
You realize that life goes fast
It's hard to make the good things last
You realize the sun doesn't go down
It's just an illusion caused by the world spinning round

Do You Realize - Oh - Oh - Oh
Do You Realize - that everyone you know
Someday will die -

And instead of saying all of your goodbyes - let them know
You realize that life goes fast
It's hard to make the good things last
You realize the sun doesn't go down
It's just an illusion caused by the world spinning round

Do You Realize - that you have the most beautiful face
Do You Realize

I do.

Contando os caracteres

Eu, que como Clarice tive minha vida mudada - mudada por palavras, tive que tirá-las da minha vida numa madrugada fria.

E descobri que isso dói. Dói cortar caracteres, eliminar cada coisa difícil e pensada que você escreveu e que no fim achou bonito.

Ah se eu pudesse escrever sem limites sobre os assuntos que gosto e que, devo dizer, acho os mais interessantes do mundo. Eu teria escrito muito mais daquela vez longe em que chorei de medo. E não teria tirado esses caracteres que formaram palavras que escrevi nos horários mais alternativos que criei pra mim.

É triste se apegar assim a palavras, né? Mas é que elas são bonitas.

5 de jul. de 2010

minha clarividência

Coincidências. É sempre assim.

Coincidências sobre o mesmo assunto, sobre os mesmos meninos, sobre os mesmos amores (chamaria-os de platônicos se já aconteceram 1000 vezes? Sim.), sobre a mesma coisa, sobre a mesma época, sobre o mesmo desfecho, sobre o mesmo percurso-gostoso-de-completar.

E eu percebo. Percebo no instante em que acontece, no instante em que começa a acontecer. E, esperando na janela, com cortina de renda e detalhe vermelho, olho para o pôr-do-sol longínquo que não existe e, com sorrisos irônicos, sopro pra mim mesma o próximo capítulo dessa tal coincidência que eu já vi acontecer.

"Perdoai-me lembrar-vos porque quanto a mim não me perdoo a clarividência".

4 de jul. de 2010

Eu me arranjaria

Se o meu mundo não fosse azul piscina, também haveria lugar pra mim: eu seria uma mancha rosa que marcou uma roupa de criança numa máquina de lavar branca. Seria doçura como um cup cake de um aniversário-chique-importado e a braveza de um tigre branco fofo de olho azul. Se o mundo não fosse azul piscina, eu me arranjaria sendo uma cobertura de morango por cima do sorvete. Por um instante então desprezo o lindo lado azul piscina da vida e vivo o que eu não sou. É bom e é verdadeiro. É a parte que não sou que me mostra o que sou.

2 de jul. de 2010

hoje acordei meio apaixonada

Estar ou não estar apaixonada? Acho que estou sempre apaixonada. Estou sempre tão apaixonada que até acho que não estou. É que eu "gosto" de tudo e de todos.

Gosto nada! Eu fico mesmo é apaixonada...

Me copiando pra escrever o artigo

E hoje eu lembrei que:

"ainda bem que o que vou escrever já deve estar a certa de algum modo escrito em mim. Tenho é que me copiar com uma delicadeza de borboleta branca"

Um delicadeza que me faz parar - só por um minuto, porque sou inquieta - olhar para o nada e parecer que estou olhando para algum lugar especial, pôr a mão no queixo, sorrir devagar e pensar: lembrei!

E então, escrever. Escrever com a alma sorrindo, o que quer dizer que o coração está soprando as coisas que já estavam escritas dentro da gente. E o coração só sopra o que Deus escreveu nele enquanto a gente estava dormindo com meia e cobertor novo. E digitar. Digitar correndo que é pra não esquecer e não perder o raciocínio bonito que veio visitar a gente - e, correndo, porque também sou inquieta.

E achar tudo tão lindo. E esperar pra achar ainda mais.

27 de jun. de 2010

Falo ou não falo?

Estive pensando... o que quer dizer que estive observando.

Sim, sou muito observadora. E adoro detalhes. E ainda adivinho. Mas vou parar por aqui, porque expor todos os meus truques seria arriscar demais.

E reparei um coisa. Uma coisa que eu até já desconfiava (ou será que eu sabia?). Mas quando a gente repara é porque o que a gente já imaginava é, de fato, fato real. Vira até fato histórico no jornal da vida da gente. E a gente conta para as irmãs e as amigas do interior. Só pra ter certeza que o que a gente reparou não é mera "imaginação". E nem é, viu.

Mas, voltando à contastação... falo ou não falo?

Bom. Já escrevi num post anterior que falo mais quando não falo nada, né?
E também já escrevi que é preciso ser sensível - o que exige certas características - pra entender as coisas, certo?

POIS BEM.

25 de jun. de 2010

os segundos da Vida...

Imagine que você tenha uma conta corrente e que a cada manhã você com um saldo de R$86.400,00 . Porém, não é permitido transferir o saldo para a manhã seguinte. Você tem que gastar tudo naquele dia, porque todas as noites o seu saldo é zerado, ainda que você não tenha gastado. O que você faria? Gastaria cada centavo, é claro!

Pois é, todo nós somos clientes deste banco, e ele se chama TEMPO. Ou VIDA.

Todas as manhãs nos é creditado 86.400 segundos. E todas as noites o saldo é debitado como perda, já que não nos é permitido creditá-lo para o dia seguinte.

Por isso, devemos viver nosso "depósito diário". E, mais, devemos fazer com que ele tenha a nossa cara, com que ele seja do nosso jeito, diferente, diverso, colorido.

Porque a vida parece longa mas um dia todos nós nos damos conta de que na verdade ela é muito é curta! E única!

Ai que vontade de viver só feliz, só sorrindo, só correndo por aí, só conversando sem parar, só com bala na mão, só com $ no bolso, só olhando para as flores, só namorando o máximo que puder, só abraçando bem apertado, só chorando tudo o que tem pra chorar, só fazendo tudo com amor, só dizendo o que a gente considera verdade pra nós, só atravessando a rua correndo, só ligando pra quem gosta da gente, só falando no telefone, só caminhando por ruas bonitas, só usando o nosso melhor perfume, só parando pra assistir nosso programa de tv favorito, só fechando o livro quando o cansaço ou o sono aparecer, só escutando o que se deve ouvir, só falando com quem merece ser dirigido, só amando que merece nosso amor, só correndo de carro sem ter perigo, só escrevendo tudo que existe dentro da gente, só dando a nossa opinião, só aprendendo com os outros, só seguindo conselhos, só escutando as músicas mais bonitas, só usando roupas lindas, só calçando sapato novo, só comendo sem engordar, só comprando tudo o que quer, só tranquila, só bem humorada, só vivendo!

Quanta coisa pra ser vivida, pra ser aproveitada, pra ser aprendida, pra ser descoberta, pra ser vista em um tom cor de rosa com gliter...

21 de jun. de 2010

Lei de Murphy

Definitivamente, a lei de Murphy existe!

1- Saí correndo pra ir fazer prova. Em BH, nunca se sabe quanto tempo você vai gastar no trânsito, certo?

a) na portaria do prédio lembrei que esqueci meu dinheiro!
b) quando volto, fico presa no elevador! Não, não entrei em pânico porque não deu tempo. Já estava em "pânico de chegar atrasada". Simplesmente olhei pra porta e falei "Hellooooooo" e puxei ela (ou puxei-a, mas fica feio!), super ignorei a malvada e passei na frestinha que me sobrou.

2) 23 poesias para ler para a provinha de Poetry in English. Li todos-menos-um.

a) qual que cai? O poema que eu "fiquei pra ler depois"! Tudo bem que era do Robert Frost, e super pensei "come on, você é meu companheiro camarada!!!", e sabia todas as palavras sem o tal do dicionário. Mas... e a análise? "Mó embromation" de quase duas páginas.

O bom de você gostar de um tema é que você vê esse tema em tudo quanto é lugar, inclusive nesse poema aí em cima que eu citei. Já passei há muito tempo (ah gente, é que essa matéria é super a minha cara, só por isso hein!), mas passar com 100 faz bem para o ego! =)

Agora é esperar pra ver! Aiii.