5 de jul. de 2010

minha clarividência

Coincidências. É sempre assim.

Coincidências sobre o mesmo assunto, sobre os mesmos meninos, sobre os mesmos amores (chamaria-os de platônicos se já aconteceram 1000 vezes? Sim.), sobre a mesma coisa, sobre a mesma época, sobre o mesmo desfecho, sobre o mesmo percurso-gostoso-de-completar.

E eu percebo. Percebo no instante em que acontece, no instante em que começa a acontecer. E, esperando na janela, com cortina de renda e detalhe vermelho, olho para o pôr-do-sol longínquo que não existe e, com sorrisos irônicos, sopro pra mim mesma o próximo capítulo dessa tal coincidência que eu já vi acontecer.

"Perdoai-me lembrar-vos porque quanto a mim não me perdoo a clarividência".

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