Hoje eu voltei para a barriga da minha mae, naquela epoca em que Deus ainda iria me criar. Pequena, mas consciente, porque minha mente ja existia e ja havia vivido muitos 24 anos, pedi a Ele que me criasse com um pouquinho mais de distracao. E esquecesse de colocar em mim toda aquela sensibilidade, sexto sentido, mente inquieta e intuicao que me sao tipicos. Mas Deus ja estava me colocando no forno pra assar, e em poucos minutos eu ja estaria prontinha.
E hoje estou assim. Atenta aos detalhes, as palavras nao ditas, aos tipos de sorrisos, aos olhares, ao modo como as palavras sao ditas, as coisas que nao vejo mas sei, ao que leio por ai e guardo pra mim.
E as folhas, ao sol fraquinho, ao ceu azul, a poeira, e aquela casa de madeira que existe em minha memoria, mas o lugar real, bem, eu ja nao lembro mais. E isso tem pouca importancia.
Ah, como eu queria que Deus me desse a mao e me dissesse tudo o que eu tenho que fazer quando vejo as coisas e sei o que eu nem queria saber, e que as vezes nem e da minha conta. Mas faco ser, sabe?
E como eu queria que voce soubesse. Que eu sei.
Voce.
29 de nov. de 2010
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