Dizem que são cinco os sentidos. Mas eu sei que são mais.
Há aquele sentido de ouvir, diferente daquele de escutar, em que você ouve susurros no ouvido e se livra de muita coisa. Há também aquele sentido de falar que te faz falar de verdade. Falar de verdade é difícil. Poucos o fazem, porque geralmente cria um problemão. É, ser sincera, que é a qualidade de quem desenvolveu esse sentido de falar (falo do sentido de verdade), é difícil hoje em dia. Tão difícil que abriu-se uma discussão mundial que já dura milhares de anos pra resolver se ser sincera é qualidade ou defeito. Estou esperando a resposta.
Mas então. Antes que eu me perca, voltamos para os sentidos.
É que vim falar daquele que mais gosto e que mais existe em mim. Dizem por aí que ele é raro e nessa hora até me sinto um pouquinhozinho especial.
É o sentido de sentir. Sabe? Sinto. Apenas. Sinto com os olhos e sinto com os ouvidos. Sinto com o que ouço e, principalmente, com o que não ouço. E sinto, acima de tudo, com a alma. Com o coração, não. Porque com o coração a gente sente, geralmente, as coisas do coração. É, essas coisas de amor e paixonites e de estar levemente (ou profundamente) apaixonada, sabe? Mas com a alma sente-se TUDO.
Gosto, sim. Mas, às vezes, não. Sinto quando uma pessoa está triste, por exemplo. Sinto, principalmente, quando a pessoa está triste mas finge que está feliz. Este é o pior tipo - digo, o mais triste.
Hoje - outro exemplo - senti uma coisa que nem vi acontecer. É que minha faxineira começou a me contar um caso e, no meio do caso, disse "SIM". E ela olhou assustada, como quem confia numa voz que sabe o que diz (no caso, a minha rs) e acrescentou: e isso eu não tinha contado pra ninguém... só comecei a contar pra você. Sim, eu já sabia. Começa a me contar o caso que o meio e o fim eu costumo saber. Ou adivinhar. Ou sentir. O tal do sentimento de sentir que eu falei ali em cima, sabe?
E nessas horas, até gosto. Gosto de sentir que tenho certeza. Gosto de sentir que geralmente é isso mesmo que minha alma me diz ou me disse. Gosto tanto.
É, esses tais sentidos... são diferentes de pessoa pra pessoa, né? Bonito, isso. Misterioso.
5 de ago. de 2010
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