28 de abr. de 2010

Confessional poetry

Não é poesia, mas é confissão. É que escrever poesia é difícil e requer ser Sylvia Plath ou Robert Frost.

Confesso que sou culpada, que deixo tudo para mais tarde. Deixo tudo, na verdade, para "quando está tarde". Mas é que eu sou assim. Faz parte da minha natureza. E quando escutei uma amiga dizer que "carro apertado é que anda", pensei "ah, esse é o meu provérbio" e senti que descobrira um pouquinho de mim. É como se no instante em que ela falasse aquela frase me fosse dada uma revelação. Uma revelação sobre mim mesma; sobre como sou enrolada às vezes. Mas eu faço. E faço com capricho, com dedicação e com amor. Essas palavras também são escritas sob a forma de "bem feito". Acho até que deixo pra depois inconscientemente, porque sei que vou fazer direitinho...

Essa semana seria a semana da poesia confessional. Mas, confesso, não peguei em um livro! Na verdade, confesso mas me justifico: peguei sim, nos da Clarice Lispector, nos três que estou lendo. É que eu gosto de ler muitos livros ao mesmo tempo. Mas sobre essa minha característica não achei frase ainda não, nem provérbio.

Pois bem. Estou agora cansada, toda doendo da tal corrida que falei aí no post de baixo e com sono. E - juro - não vou estudar sobre essa tal confessional poetry porque ela é um tema tão bonitinho, mas tão bonitinho, que me encanta. E, no momento, não estou encantada. Então, não vou ler nem escrever. Porque não vou fazer com amor, nem com dedicação, nem com capricho, ou seja, não vou fazer bem feito. E não gosto do que não é bem feito.

Isso tudo é uma confissão, ainda que não esteja em forma de poesia. Uma confissão sobre mim, sobre minhas manias e meus provérbios, sobre meus comportamentos que ainda não foram justificados e reforçados por provérbios, sobre a minha, só minha, culpa de ainda não ter estudado o que eu deveria. E isso tudo, no fim, é poesia...

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