27 de abr. de 2010

"Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê"

Estive pensando...

será que as pessoas são mesmo aquilo que a gente vê? Pensando mais, acho que o que a gente vê vem carregado daquilo que a gente é e viveu.. e, pensando mais ainda, será que o que as pessoas são fica assim "claro e simples", pra qualquer um ver?

A moldura da pessoa eu não vejo, geralmente não me interessa. Mas o que a pessoa é "por dentro", ah, isso me encanta e me prende a atenção. Sou uma "people watcher".

E a respeito de ser aquilo que se vê, gostaria de dividir uma coisa... uma coisa que acontece comigo sempre. Aliás, não "acontece comigo"; na verdade, sou assim.

Há pessoas que me chamam mais atenção. Há pessoas que me passam sentimentos, que me mostram, sem querer, o que estão sentindo. Há pessoas que me falam, sem querer, como são. Há pessoas que me falam, sem querer, onde moram. É tudo sem querer. Simplesmente acontece.

Não sei se o nome é sensibilidade, mas creio que sim. Gosto disso, de adivinhar, de sentir que a pessoa é assim, de sentir que ela mora em uma casa com janelas grandes de madeira, de sentir um pouco da pessoa... gosto, principalmente, de brincar de adivinhar comigo mesma, de me desafiar. Faço apostas de como acertarei e nunca perdi pra mim mesma.

Sobre o local em que as pessoas moram... é o que eu chamo de conhecimento inútil. Para que sabemos uma coisa dessas? Não sei. Mas acho que posso dar um palpite: é que gosto muito de casas. Gosto de desenhar, principalmente casas. Queria até ser arquiteta há milhares de anos. Gosto de observar os detalhes e de notar tijolinhos. Além do fato de gostar de casas, tem esse negócio de sensibilidade.

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