Pedi assim correndo, que desligassem o ventilador, que me trouxessem algo da cor azul, colocassem o sorvete no freezer e se aconchegassem no sofa. Que era xadrez.
Fechei as janelas. Pra ficar escuro, gelado e dar um ar de medo. Esqueci as folhas que cairam no quintal. O portao da rua, sempre trancado. E aquela rua de descida que marcou a minha memoria, continua la.
A pracinha, deserta. As pessoas, em casa. Ou viajando. Ou vivendo. O mercado, ainda aberto, porque era dia de sabado. E sabado todo mundo trabalha porque, no sabado, trabalho eh diversao. Eu ate comprei balao. E nao cuidei do jardim. Passei minha vez. Tem coisa que "a gente nao nasce pra elas", sabe como eh? E me lembrei da bandeira. Gosto de bandeiras.
Fiz um jogo pro meu pai, fui na sapataria que custei achar, andei de carro, voltei para o destino. Vi alguem na rua, um alguem desses que eu geralmente noto, e anotei recado onde nao era para anotar. Vi mais um portao, grande, e imaginei o que havia por tras dele. Uma casa, dessas que eu vou desenhar. Mas os lapis eu tenho que negociar como minha irma. E eh dificil, viu.
E isso tudo, porque estou correndo, e juntei cada pedacinho do que um dia ja aconteceu.
15 de jan. de 2011
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