6 de mai. de 2013

Não e' nada não

Pequena mente doente, de onde saem tantas coisas. O estado em que se encontra e' o seu estado neste momento. Neste momento. Quem dirá o próximo. Quem dirá - quem se atreve?

Pequena mente doente, de onde passarinhos fogem das gaiolas, pare de perambular por entre noites escuras, ainda que o dia seja tao chato. Pequena mente doente de onde tantas cores soam suave. Seria você uma pessoa a parte?

Pequena mente doente, que precisa de cuidados, quem se lembrou do ano novo no calendário  E você  pequena mente doente, passaria por aquela ladeira a ser notada? Pequena mente doente, e' preciso esconder os desenhos que se fez. Mas não, pequeno pedaço dela, não e' para afugentar a sina de ser ciente; e' para aliviar a dor de ser.

Pequena mente doente onde tantos habitaram, por que deixou-se habitar? Por que foi dando lugar para tanta gente, e tantas coisas, e tantos lugares a ponto de perder-se? Encontrara o seu lugar?

Pequena mente doente, volte para casa e volte a dormir. E só acorde quando o mundo inteiro tiver sido pintado de apenas uma cor, e as ondas estiverem monótonas, e o charuto tiver chegado ao seu estado de decomposição  e o gato tiver caído da janela do sexto andar, enquanto o trem passa desgovernado e despercebido, como se nada tivesse acontecido.

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