Então, quem sabe-talvez, o dia de você ir embora finalmente tenha chegado. Porque o dia de você ir não e' o dia que você escolheu, mas o dia que EU escolhi.
Quem sabe-talvez não tenha sido nenhum de nós dois a escolher nada; o dia chegou no dia que ele tinha que chegar.
Passaram-se ano, passaram-se meses, passaram-se datas e só você não passava, pois continuava aqui, embora já tivesse ido. Mas, quem sabe-talvez, este dia tenha chegado ontem a noite.
Sonho que não te deixo ir e, ao acordar, interpreto como já permitindo que você vá. Meu inconsciente, que habita esta minha mente desgovernada mas que me agrada muito, quer mantê-lo aqui, por costume, por birra, por mania, por acomodação ... quem sabe por amor. Mas você precisa ir.
Ficarão guardados em um porão distante as cartas, as promessas, os dias passados juntos, as viagens, as mãos dadas, as comidas experimentadas, os olhares, as palavras trocadas, os beijos molhados, os sonos divididos na mesma cama, os estudos também divididos, os filmes assistidos, o que aprendi, a saudade, os presente que recebi, os presentes que te comprei e guardei, os cheiros, as manias, o sorriso e os olhos que nunca esquecerei, a esperança as fotos ... e tantas, tantas, tantas outras coisas vividas, e ainda tantas outras guardadas porque poderiam ter sido vividas e não foram.
Mas segue-se a lei da vida. Quem tem mapa em mãos direciona-se melhor; quem está perdido vai sendo empurrado, mas mesmo assim vai com a multidão. Chama-se ciclo.
Então aqui ficam minhas esperanças alimentadas de verde por um partido Nazista, e minhas dúvidas pintadas de vermelho e preto por um simbolo da Suástica. Não sei mais do amanhã porque não sei fazer contas e acho todas as profissões que lidam com números muito chatas. Mas sei do que vivi e isto não se conta - se vive, se ama, se guarda.
Hello, I must be going.
27 de abr. de 2013
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