29 de dez. de 2010

me aprisionando

Outro dia eu recebi um email que me fez pensar. Ele dizia sobre como nao devemos guardar nada do que nao usamos, pois essas coisas nos "aprisionam" e nao nos deixam prosperar.

E entao pensei como tudo so faz sentido se voce der sentido para as coisas. E de como algumas coisas so sao verdades porque voce acredita que sao.

E de como eu seria a pessoa mais aprisionada do mundo, porque guardo tudo o que amo com estima.

E pensei que vou ficar aprisionada em um tempo querido de um passado pertinho, pois nao vou me desfazer da minha Barbie chiquerrima que eu ganhei as dez anos e, nunca, nunca brinquei. Alias, foi esse o proposito de ganhar a Barbie: nunca brincar, para nao estragar, sem sofrer, porque eu ja estava pra la de grandinha, e guardar pra sempre aquela coisa linda que so a minha mae seria capaz de escolher.

E sabe aquela camisola amarela que o meu pai escolheu ele mesmo pra mim em uma de sua viagens? So usei agora, em uma ocasiao muito especial, e ja me preparo para guarda-la de novo em um cantinho do meu armario cheio de amor. Primeiro, porque a camisola eh linda; segundo, porque foi meu pai que escolheu; terceiro, porque foi ele que escolheu sozinho. Geralmente pai e mae apenas dao o dinheiro, e a gente vai la e compra do nosso gosto... Pois entao, email, como me desfazer de um presente tao especial assim?

E, descordando de tudo o que li, reafirmei para mim mesma que vou guardar as sacolas plasticas de Las Vegas, a meia que usei quando era crianca, a tinta roxa importada que usei para pintar meu cabelo mas que nao funcionou, a borracha colorida da China que minha irma mais nova me deu sem motivos, o chaveiro de Minas que meu pai trouxe para casa... este ultimo eu vou guardar porque peguei outra copia dele pra poder usar.

E, sim, vou ficar aprisionada. Num tempo bom. Num tempo de infancia. Num tempo feliz. Num tempo que foi ontem e ainda pode ser "hoje" toda vez que eu quiser. Num tempo que so me faz bem.

Lembre-se de mim

Se voce ver um par de sapatos, os dois pra baixo, porque aprendi a superticao que eu nem desconfiava que existia com a minha mae, que segue a mesma desde crianca, lembre-se de mim.

E se for um sabado, com rua deserta, cidade calada, pessoas descancando, adolescentes no salao, e arvores de um verde escuro, lembre-se de mim.

Se a rua for subida, principalmente na descida, lembre-se de mim.

E se eu estiver no meu cantinho, me divertindo a mim mesma, desse jeito que gosto de me auto entreter, lembre-se de que sou eu e, lembre-se de mim.

E se encontrar comida velha na geladeira, esperando por mim, principalmente se fizer mal para a saude e engordar, lembre-se de mim.

Lembre-se de mim quando ler livro favorito e for fazer compras do mes no supermercado. E ficar na fila do correio reclamando. E sair olhando para a janela e imaginando como seria morar naquela casa se a historia saisse da sua mente e resolvesse acontecer.

Lembre-se de mim, que eh pra voce nao esquecer.

27 de dez. de 2010

Uma parte de mim

Uma coisa que notei sobre mim eh que eu tenho preguica de pessoas.

Eu sempre espero ser conquistada, e nunca conquistar. Eu espero a outra pessoa ser legal primeiro, para entao eu gostar. Nesse meio tempo, fico quietinha, espreitando, olhando com "rabo de olho" como quem olha da janela alta de um edificio bonito numa noite fria. Fico na minha. Fico observando. Gosto tanto de observar que ate me esqueco que preciso dar um passo em direcao a pessoa. Ai parece que eu nao estou interessada. Mas, as vezes, nem eh.

E estou falando isso porque vim pensando sobre mim, com meu lado critico. Briguei comigo, um pouquinho, por ter preguica das pessoas. E respondi para mim mesma, com essas respostas que a gente tem dentro da gente, que isso acontece porque estou confortavel com as pessoas que conheco e das quais eu gosto, e as vezes penso que elas me sao suficientes.

Eh que eu sempre pensei tambem que quem eh amigo de todo mundo nao eh amigo de ninguem. Mas eu bem que vou tentar ser simpatica, e dar um sorriso sincero forcado, e abrir a mao, e quem sabe dar um abraco. Mas, me conquista, hein?

26 de dez. de 2010

encontros que parecem visitas

Hoje eu tive um encontro com Deus. Da forma mais inusitada e inesperada:

tive um encontro com Deus numa igreja que se diz a unica verdadeira, quando Deus nem mora la. Deus passa longe, senti enquanto caminhava pela calcada e pedia Deus pra me guardar nos seus bracos.

Tive um encontro com Deus enquanto as pessoas davam testemunhos e choravam ao falar de Jesus. Tive um encontro com Deus quando sabia que tudo isso nada era, ou era, nao sei mais.

Hoje eu tive um encontro com Deus. Naquele momento em que vi o palestrante (qual seria o nome mesmo?) zombava de uma outra igreja protestante, esquecendo-se que sua igreja mesmo eh protestante, e vou parar porque, se continuar, vou prostestar sem ser prostestante. Tive um encontro com Deus quando falavam sobre onde Jesus vai morar quando ele voltar. Jesus sera americano, norte, estadunidense. Jesus eh chique demais. Mas nao eh, ele nao quer ser. Jesus eh "cool" isso sim.

Hoje eu me esbarrei com Deus, assim sem querer, quando eu menos esperava, quando eu nem pensando nele estava. Me encontrei com Deus nos lugares em que ele nao estava, nas pessoas que nao falavam do seu lado verdadeiro.

E descobri, nesse meu encontro com Deus, que nem procurava quando Ele me achou.

17 de dez. de 2010

foi pra que, hein?

Sinceramente eu nao sei porque Deus fez o mundo assim desse jeito. Assim desse jeito quero dizer assim dividido que nem quebra-cabeca que nunca da para montar.

E para que continentes, divisoes, mapas e fronteiras? Quem sabe para a guerra. Mas eu nem vim falar de paz.

Isso eh sim uma duvida: para que pessoas tao diferentes se, no fundo, nao passariam de estranhas? E para que tentar entender o outro se, no fundo, eh tudo uma questao de cultura, e "voce tem que respeitar"?La vem esse papo de antropologo de novo. Vou mudar de assunto.

Mas que legal: um mundo tao pequeno pra quem tem dinheiro e gente de tudo quanto eh jeito. E culturas, racas, costumes e crencas, de tudo quanto eh jeito.

Mas, eu me pergunto: pra que?

15 de dez. de 2010

nao era apenas apelido

Cheiro de massinha nas escadas de saida de incendio, as quais eu nem sei o nome certo, e as quais nao devem ser usadas, mas eu uso sempre, me fazem lembrar de uma infancia bonita que vivi quando crianca.

E me lembram o brinquedo que o irmao da minha mae, meu padrinho que so me dava presente especial e bonito, me deu. E me lembro que era um salao de beleza com bonequinhos cujos cabelos, de massinha, cresciam e poderiam ser cortados. E lembro que o salao, uma casinha, tinha uma saida pelos fundos, muito mais charmosa do que a entrada. E lembro da vassourinha que guardei mesmo quando minha mae achou que o meu brinquedo estava muito velho e jogou fora. Ou deu para os outros, sei la. As duas coisas seriam tipicas dela, ha :)

E, ao descer e subir essas escadas regadas a cheiro de massinha muito especial da infancia, me vem na mente uma casa em que sempre habitei, grande, perto do campo, vazia e com janela grande, alta e fechada. Uma casa que sempre existiu, so porque criei pra mim. Mentira, nem criei. Colocaram a tal casa nos meus sentidos.

E agora vejo que o sentimento que me fez fazer esse post eh de carinho, mas desconfio de que estou querendo fugir de outra coisa. Do sentimento que fazem meus olhos se encherem de agua. Eh que doi.

Marcia.

14 de dez. de 2010

de uma menina

Um dia a gente cresce, e ve, atraves de um copo de vidro, coisa que nunca viu. Mas que sempre estavam ali. E passa ver a limpeza de uma casa como uma coisa de verdade. E ate assume responsabilidades para si - nao as que a vida deu para gente, mas as responsabilidades que resolvemos tomar para gente. E pensa que um jardim precisa ser podado. E entao resolve nao ter jardim.

Um dia a gente cresce e a infancia passa a ser lembranca. Guardada com carinho em caixa especial que a mae e a avo fez para gente. Um dia a gente cresce, e ai nem ha mais tempo para tomar milk-shake. E vai ver aquela lenda de que "quando a gente cresce tudo engorda" eh verdade. E ai a gente passa a se cuidar, ainda mais. Como se estivesse a brincar de casinha.

Um dia a gente cresce, e resolve tomar as proprias decisoes. E olha para o pai e para a mae orgulhosos, como quem mostra a travessura que fez. Mas foi aplaudido.

Um dia a gente cresce, e tanta coisa passa a nao valer mais. Como o ticket do cinema que voce pagava so a metade. E a meia de estimacao que nao serve mais, mas voce guardou. Tem coisa que a gente guarda. Comigo tem que ser assim.

E tambem ha os sentimentos. Um dia a gente cresce e nem eles valem mais. E aquela saudade doida nem lembranca passa a ser, e aquele amor platonico fica escrito em uma folha de caderno.

Um dia a gente cresce, e os caminhos, longos, ficam curtos. E os que eram curtos, podem, de repente, se transformar em longos. Mas aqui estou falando de uma verdade filosofica que eu nao sei dizer o nome, e que voce nao entenderia.

Um dia a gente cresce, quando viu que ja cresceu.

as coisas como elas sao

E quem sabe hoje, agora, a noite, eu so queria ter entendido o que eu entendi e, no fim, vi que nem era desse jeito.

Vai saber de que jeito eh. Acho ate que nao existe mais verdade universal, e me juntarei aos antropologistas. Sim, vou estudar antropologia que eh uma coisa interessante mas eh tambem uma das coisas mais chatas do mundo.

E vou virar o que eu nao queria ser, so para entender, com olhar de cientista. Cientista critico, sendo que o segundo eu ja sou. E vou poder olhar com um olhar frio, como de quem apenas olha, sem sentir. E nao vou envolver meus sentimentos, vou apenas colocar a mao.

E vou pensar que deveriamos saber tudo o que existe na vida na forma como as coisas sao. Apenas.

Nao vale o que voce diz. Nao vale o que eu digo. Vai ver nao vale nem o que ela diz. Vai ver todo mundo diz muita coisa sem dizer nada. Assim como podemos falar pouco e dizer muito. Vai ver... vai ver um dia a gente entende. E aprende a ser o que deveria ser.

Assim foi.

13 de dez. de 2010

criada de novo novamente

Eu tenho e' que parar com esse meu jeito. Quem sabe ate eu nao tenha que parar de ser eu mesma.

Mas ainda tenho medo de me perder e nao me encontrar por ai. Ainda, temo nao me reconhecer.

E dai eu teria que comecar la do comeco, como no primeiro dia em que vim na vida. No primeiro, acho que nao. Mas la para o 38947927582, quando eu ja me dava conta de mim. E eu teria, novamente e tudo de novo, que me reconhecer, me aprender e ate por mim me apaixonaria. Quem sabe dessa vez ate nao seria mais facil, deixando todos os meus defeitos - defeitos nao, porque fui feita com capricho por duas das pessoas mais importante do mundo inteiro e do ceu inteiro: meus pais, escolhidos a dedo, do meu jeito, por Deus, para mim - de lado.

Mas gostaria de comecar do comeco. Onde ainda nao ha passos na neve. Onde ainda o vento e' forte e frio. E eu me encolho, como que a me abracar, na desculpa de me aquecer, e me recrio com uma pincelada azul.

12 de dez. de 2010

nem sei se foi assim

E hoje seria ontem com um amanha ainda para eu fazer.

E eu contaria o tempo por tecnologias e pararia o tempo em um mp4. E a cor seria azul, escuro, de um mundo meu que e' so meu. E que voce poderia visitar.

E eu te trataria direitinho, porque visita a gente trata bem. E poderia fingir que estou dormindo no sofa, com chinelo largado pelo chao, so para parecer menos real.

E todos os livros na estante, falaria que sao meus. Parecem. Decoraria a janela com adesivos pessoais. E o vaso de flor, que eu nunca comprei, seria regado. E eu so o teria porque as pessoas finas e entendidas falam que faz bem. Vai ver e' chique.

E eu fecharia a janela, so para ficar mais escuro e dar sinal de fantasma. E chamaria os bombeiros, quando eu pensaria que eles pensariam que estou fora de mim. E, ao deixa-los ir, iria rir como quem fez de proposito e sabia, sim, que chamou quem nao deveria chamar. Apenas porque escolheu assim.

E a borracha, que uma vez na infancia foi cor de rosa mas de repente ficou brega, eu usaria como ferramenta mais preciosa e intima, sabendo que tudo o que nao tem valor precioso pode e deve ser apagado.

E apagaria esse post, sabendo que na era da tecnologia a gente fala deletar, que e' uma palavra, por sinal, que nem existe no nosso idioma. E me perguntaria que idioma e' esse que estou a falar, agora que falo, sem nada dizer. Faz sentido?

qualidade latina

E hoje, apos conversar um bilhao de anos em uma tarde inteira que se resumiu a um almoco e, mais tarde, a uma outra conversa e olhada em um site, percebi, com meu coracao (porque, ai sim, percebo de verdade) que algumas pessoas sao mais sensiveis, educadas, amaveis, atenciosas e especiais que as outras.

E olhei para a pessoa querida que essa pessoa que posso chamar de amigo eh e pensei que os latinos, pobrezinhos, tem uma coisa boa: o coracao.

E isso inclui os pobres latinos americanos, um ou outro frances, e os espanhois. Vai ver a lista inclui ate romenos, sabendo que os portugueses ficariam de fora se nao fosse pelo meu querido pai que achou o pais bonito, e ajudou a economia nos trazendo muitos presentes lindos.

Bem, eh isso. Nao vou falar muito para nao entrar em detalhes, e para nao falar mal de outras nacionalidades, o que sou expert em fazer. Tenho os argumentos que provam.

Mas hoje, nem foram argumentos. Como disse, foi mesmo o coracao. Que amigo querido, que pessoa bonita, e que sentimento ele tem guardado dentro do peito (que eu sei!)!

11 de dez. de 2010

para Deus

E entao me dei conta de que Deus deve estar me assistindo, de poltrona, e comendo pipoca em um cinema que Ele inventou so pra ele. Dando risadas, pensando tambem. E' que Deus sempre pensa. Na gente.

E ate me lembrei que esqueci de agradecer. Com palavras. Porque com sorrisos sinceros, e felizes, eu sempre agradeco.

Deus sabe. Deus guarda. Deus lembra. Deus ama tanto que ate puxa saco. Mais de uns que de outros. Mas quem foi que disse que e' preciso ser justo quando se ama e eh Deus, tao Deus, e ate Deus de si mesmo, que eh isso o que voce eh, ne Deus? ;)

9 de dez. de 2010

Lembrancas ridiculas

E agora, de repente nesse minuto, me lembrei de tanta coisa.

E' engracado como todas as coisas do mundo no nosso mundo vivem dentro da mente da gente. E, num instante, resolvem aparecer.

E me lembrei de como e' morar no Wyoming. E de como era frio e eu parecia uma estudante colegial. Ate porque eu era uma, e penso ate que foi ontem. E me lembrei de como fui acampar na beira de um rio tao lindo, tao lindo e imenso, que mais parecia o mar. E isso me fez lembrar de como eu fiquei "excited" (qual seria a traducao em portugues, se eu esqueci?) e tive que ligar para o meu pai para falar da vista linda que eu estava vendo.

E isso tudo apenas porque o professor perguntou quem havia visto "The Brokeback Mountain" e eu disse, timida, que havia visto. Timida, porque eu me lembro que meu pai torceu o nariz e zombou de mim quando eu pedi para ele assistir esse filme. E disse que nao assiste filme de gay. Ha! Tao fofo que ate vejo que o pai e' mesmo meu. E sobre o filme... e eu me lembrei que ele acontece no Wyoming, e no lugar em que eu acampei. E ate pensei que sou uma pessoa muito importante. Importante no sentido de ter vivido um pouco de sorvete coberto de vida.

8 de dez. de 2010

Eu me acharia

Buscando num espaco de tempo, e num tempo que eu nao conto, eu me acharia. E olharia embaixo das almofadas azuis. E dentro do armario em formato de coracao, brega toda vida, que eu vi na casa de alguem durante a infancia de ontem.

Eu me acharia. Toda vez que eu me perdesse. Ate porque, so me acho quando me perco. Vai dizer que nao eh assim? Pois tem gente que nao se perde, e por isso nunca se encontrou.

Eu me acharia. Dentro de um vaso de flor. Que eu ganhei de presente. E nem gostei, mesmo sendo muito caras, como disse minha mae. Mas eu mesmo sou uma florzinha, acrescentaria ela, em sua mente, sem me dizer por que. Porque para ela nao precisa haver razao.

Eu me acharia. Naquele album de fotos que fizeram para mim sobre mim. Eu me acharia, quando fugisse. Quando passasse naquela rua que sempre resolvo passar. Sem saber porque, sabendo que ha um motivo mistico que me sera revelado.

Eu me acharia. E no fim, esconderia de novo. So para, mais uma vez, me perder. E nao me achar...

7 de dez. de 2010

me reinventaria

Eu me reinventaria. Como que a brincar de Deus. De casinha. De mundo.

Eu me reinventaria. Tirando o que nao eh necessario e mechendo um pouquinho aqui e ali, quem sabe.

Eu me reinventaria. Abriria mao de um avental. Para me sujar enquanto me auto-re-crio. Recreio, ate chamo. E com um pincel, de cor azul. E vou olhar para voce, enquanto registra, e vou me borrar, de proposito. Eh a desculpa para o meu defeito.

E eu me reinventaria. E tiraria de mim essa mania que nem acho que eh mania, embora acredite que sim. So para te fazer mais feliz, sabendo que tambem faria a mim.

Eu me reinventaria. Lamentando. Pois temo perder aquele pouquinho de mim, de pimenta, que Deus fez como pitadinha, e errou na mao.

6 de dez. de 2010

ha sentido

Se eu nao fosse assim tao eu, ate me permitiria dividir com meu pai e com minha mae. Porque sou deles, e deles sou eu.

E dividiria misterios que guardo so pra mim, sem nem saber quais sao, ou sabendo sem entender. E faria um pouco de magica, com um quebra cabeca dificil que ganhei na adolecencia e nunca montei porque nao gosto de simplicidade.

E, ao me pegarem no colo, brigariam por qual parte de mim cada um deles teria. Sim, meu pai e minha mae. E sei que meu pai abriria mao da minha maior metade, porque pai eh assim, acha que o filho eh mais da mae. E acha ate, o meu ne, que os filhos podem e devem gostar mais da mae. Eu, hein, pai. Gosto igual. Eh um montao tao montao que perdi as contas sem nem nunca ter conseguido mensurar, mas achei de novo so para ter certeza, para voces, que eh imenso. O sentimento.

E agora vejo: mais um post nada a ver.

Mas um dia eu me entendo.

4 de dez. de 2010

uma pessoa

"Que fazer quando sinto totalmente o que as outras pessoas sao e sentem?"

E esse post ate seria para alguem em quem ando pensando muito. Mas desviei o percurso e, porque a pessoa insiste, agora mesmo, muito mesmo em me ligar, falarei, escrevendo, sobre ela.

E entao penso ate que esse post deveria ser para mim, para o meu coracao para quem nao ligo muito com esse meu tal colesterol alto. O tal coracao que me passa por mensagens secretas todos os sentimentos que eu devo sentir no mundo.

Eh interessante esse negocio de o meu coracao escolher o que eu devo sentir. Eh assim: eh olhar para pessoa e esperar o meu coracao me dizer coisas sobre ela. E susurrar, rindo, ate segredo que eu nem deveria saber, porque nao sao meus. Mas, prometo, guardo todos dentro de mim e nao conto pra ninguem, porque nao sao da minha conta e ja acho que "trapaceio" muito ao descobrir os segredos das pessoas so de olhar para elas. E sinto muito, de verdade. Eu nem queria, as vezes.

E me lembro agora que comecei falando que falaria sobre alguem, mas vejo, agora tambem, tudo assim no mesmo momento, que isto tem pouca importancia. A pessoa, quero dizer. Porque ela apenas foi usada, como boneco (e poderia ate ser um boneco de neve, por dois motivos que sao a cor e a "estrutura fisica" - eh que estou querendo nao ser rude) por Deus ou por sei la quem, acho ate que anjos, em quem nao acredito porque nao tive tempo e nao fui apresentada, ou aquela energia que eu nao sei e nao quero saber o nome, para me alertar. Alertar digo no sentido de me lembrar que sinto totalmente o que as outras pessoas sao e sentem. E nem quero atender o telefone dessa pessoa que ja me ligou 4 vezes nos ultimos 34 segundos. Que fazer.