Olha e vê.
Disse-num-disse, mas, se aconteceu, existiu.
Ao deitar a cabeça no travesseiro, mantem os olhos abertos. Não pensa muito, que é para não endoidar. Limpe os óculos.
Pega um mapa e ligue os pontos. Visite os locais certeiros. Vai, que nuvem não espera - quando vê, já passou e sumiu e nem nunca existiu.
Fico pensando quem é, no fim das contas, que nos deu as mãos e o cérebro e os olhos e os livros e os meios de se saber - se não era para saber, ora pois.
Quanto mais se raciocina, menos sentido faz. Quando mais se pensa, mais se sente. Sentimos muito, está tudo desculpado. Ora pois.
Questiona. Diz não. Dá meia volta. Bate o pé esquerdo. Tenha opinião se o saber existir, mas vale ficar na dúvida. O que não vale é ter fé simplesmente porque se deseja acreditar. Ah, pois.
Olha para lá e olha para cá. Olha para cima e olha para baixo. E há de se comparar? Anos luz em nossa frente estão eles.
Tudo começou há alguns anos quando peguei um trem e fui ver de perto. Com meus próprios olhos que me foram dados pela minha mãe e meu pai. Fui, porque foi-me permitido. Eu, que tenho o coração frio. Até chorei, e voltei do leste mudada e revoltada e eu queria interrogar todos os "envolvidos" com um questionário da História.
E desde então a humanidade não aprendeu nada e temos hoje pessoas cegas e pessoas que veem muito mas nada enxergam. E eu sou uma delas, mas tomo cuidado. Porque sou dona de mim e sempre estou em dúvida, porque nada - absolutamente nada - sei. E eu precisaria ser uma pessoa muita rica e viver mil vezes para aprender o Mundo.
Lembre-se: fé cega, faca amolada.
21 de mai. de 2015
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