Sugar Man roubou meu coração, entrou em um trem e me levou em direção ao campo situado ao fim da Polônia.
Sugar Man conquistou muitas terras e anexou-as ao seu pequeno relevante território. Sugar Man saiu invicto, ainda que derrotado, da primeira grande batalha. Sugar Man foi marchando rumo ao centro do continente, e ate no leste ele chegou, onde fez prisões. Sugar Man deve ter me mandado para lá.
Sugar Man foi e é forte. Sugar Man faz-me ter admiração por sua tamanha força, eu, com meu coração fraco e machucado. Sugar Man é tão doce, mas tão bravo. Sugar Man é um general. Sugar Man ganhou até nome em seu próprio para designar seu titulo. Sugar Man foi saudado por milhões. Sugar Man ganhou-me.
Sugar Man foi caminhando, correndo e matando - alias, Sugar Man foi arianizando. Sugar Man veio salvar o mundo. Sugar Man poderia ser um segundo messias - para a sua pátria - e até que parecia mesmo. Mas Sugar Man perdeu a guerra. De novo. Mais uma vez Sugar Man saiu derrotado. Será que sua terra deveria entrar para história como a Grande Derrotada Pátria dos Gênios Culturais? Pelo menos isto já era uma grande coisa.
Sugar Man não dirigiu trens, mas encheu muitos vagões. Fico-me perguntando quando foi que Sugar Man colocou suas bonitas botas, que amedrontariam qualquer um, naquela terra molhada de fim de mundo que eram as terras do leste perto da temida, grande, fria Rússia. Sugar Man teve que recuar.
Sugar Man não era um deles. Sugar Man era muito mais bonito. Por dentro e por fora - um dia. Sugar Man foi até sugar um dia. Sugar Man não tinha os cabelos negros como o seu representante maior, e poderia ser o exemplar da pátria-mãe.
E hoje, tantos dias se passaram desde a derrota vergonhosa da grande batalha, e as vezes sinto que também perdi. Eu, que tanto lutei, mesmo que de longe, minha própria batalha. Eu, que não ganhei troféu nem medalha nem saudações. Eu, que não perdi terras mas perdi metade de mim.
Eu, aqui. Sugar Man, ali - onde estaria Sugar Man?