Podia estar a descobrir-se. Pensava que nunca gostaria de pensar nela mesma. Pensava que poderia fugir em seus pensamentos. Seus pensamentos eram brisa. Levavam-a para longe. A fugir dela mesma. Ate encontrar-se.
Quando ia, queria dizer adeus. Pensava naquela escada e nos degraus que nao subira. Na padaria francesa da esquina. No onibus que perdeu e no mato que crescia na beira da estrada. Ficava a olhar predios para desenha-los mais tarde. Enquanto isso, salvava as folhas e papeis e lapis de cores para a irma mais nova, tao mais talentosa do que ela.
Sonhara em descer do ceu. Pularia da nuvem. Escalaria, em descida, uma corda com nos. Pisaria em chao firme para notar que nao era areia mas terra molhada apos chuva e neve que derreteu. E os pensamentos livres a solta-la, e nao mais prende-la.
Nao era mais refem de sim mesma.
24 de mar. de 2013
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