27 de mar. de 2013

As coisas fúteis escondidas

E ela, que é cheia de coisas, frufus e buxinhas. Mas, no momento seguinte, deixa tudo de lado, ainda que leve consigo tudo o que te pertence por merecimento e ordem de nascimento.

Ela, que tem mania por janelas. Que guarda os detalhes que vê com a alma. Que desenha em folhas que mais tarde ficarão perdidas em um dos quartos da casa. Ela, que tem suas opiniões e mantém o seu encanto por azul. Ela, que se deixou fisgar. Se deixou.

E as coias sérias continuarão sérias num tom de melodia com cheiro de melancia. Os edifícios históricos ilustrarão o fundo de sua mente onde moram seus pensamentos e a coleção de liguinhas deixará de existir porque é assim.

Continuarão a inclinação por determinadas comidas, seus medos bobos ignorados, o pavor de aranhas, a nostalgia pelos tempos frios, o jornal que faz parte de uma sala com poltrona. Sim, ficarão sua mania por tênis dos anos 90, sua admiração por jogadores de basquete, sua sintonia com barcos e sua indecisão quanto à escolha do esmalte. O medo de altura é futilidade.

E os centavos gastos com casquinhas de sorvete, estes são de grande importância. Os palavrões que fala, sua mania em andar rápido, sua preguiça por tudo o que é devagar. Parou na ponte para olhar os carros que cruzavam as rodovias, pensou em não pular. Caminharia até a biblioteca onde compraria uma camiseta com a figura de uma bicicleta. Esta, ela deu a ele.

As pessoas que falavam alto ... ah, as pessoas que falavam alto deveriam todas desaparecer! Elas interferem em seus pensamentos, criam garras em suas mãos, impedindo-a de escrever, sorrir ou viver. - Este é apenas um parênteses nessa onda de escrita -

No fundo uma canção de rap, ao lado da cama um cartão de crédito que entrega que ela andou fazendo infinitas compras e, então, o puxão de orelha da irmã, que a lembra que precisa visitá-la. Não teria muita simpatia por aquele país, pois foi nele que aconteceu o massacre da humanidade. Nele e em muitos outros, mas foram todos feitos por aquele povo bonito, loiro e alemão.Oh, como sua irmã mais nova teria antipatia, frente aos inúmeros livros de história que estuda, lê, compra, coleciona e enfeita a casa! E, oh, quantas vezes fora censurada por ela, a sua irmã mais nova, por nutrir sentimento de carinho por este povo que deveria pagar com castigo!

Mas este é assunto para outra prateleira da estante.

Vamos parar por aqui.


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