18 de mar. de 2013
Aprendendo a ser Eu
Vou me olhando com carinho, e com cuidado. Vou me espiando por detras da porta, com precaucao, que eh para nao me auto acordar. Vou decendo os degraus da escada de modo suave, mas atenta para nao deixar o vestido arrastar no chao.
Ao atravessar a rua, presto atencao aos carros, mas sem esquecer de mim mesma. Tenho que me vigiar o tempo inteiro. Eh preciso cuidar de mim.
Nas ruas por onde ando, vou apagando com pincel e tinta as memorias que um dia ilustraram a minha vida. Eh que agora minha mente precisa de descanso, pouca cor e pouca historia. Esta na hora de deixar a minha sensibilidade dormir.
Ao mesmo tempo em que estou a despir-me de mim mesma, reluto para nao me deixar ir. Nao quero ir para longe de mim, mas sei que tambem nao posso mais ficar. Tenho medo de perder o brilho que nunca se acendeu, de uma cor que poucas e especiais pessoas notaram. Mas eh assim esse processo e, como disse, preciso ser cuidadosa.
Nao quero abrir mao de mim. Nao quero deixar de me abracar. Nao quero dizer adeus a mim mesma. Mas preciso ir, preciso caminhar, preciso fazer a curva. As vezes tenho medo de perder a essencia de quem eu sou, mas sei que na memoria daqueles que cruzaram meu caminho e me foram queridos eu sempre irei existir.
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