23 de dez. de 2012
Pensamentos em palavras
Pensara em comer até estourar. E sabia que depois morreria de arrependimento. O filme que assistira a fizera feliz, pois ensinara história, risadas, ironia e vigança. Não pensava em se vingar, pensava apenas no dia em que a justiça seria feita. Gostaria que tudo estivesse certo, mesmo sabendo que há muita coisa errada da qual nada pode mudar. Desistira de algumas coisas, pessoas e pensamentos. Às vezes, tinha preguiça de caminhar. Seu amor por fotos ainda continuaria e a impressão que tinha era de que todas elas haviam sido arquivadas em algum lugar do seu coração. Existia ainda o amor pela cidade. E isso te trazia o desejo de pinturas, de quadros a enfeitar a sala, estudar arquitetura, usar a irmã para desenhar idéias e caminhar no meio-fio de um passeio coberto de neve em direção ao bairro favorito. Enquanto isso, prestava atenção nas casas pelo caminho. De repente, desejou tanto ter uma parede vermelha. Mas deixou para depois. Ficava sempre a adiar as coisas, como clandestina que era ela. Pensava em ir embora. Mas pensava mais em quando isso aconteceria. Poderia ser agora. Já sentia saudade da irmã. Enquanto isso, planejava consigo mesma como faria para administrar a falta que ela iria fazer. Se eu pelo menos fugisse, pensava ela. E um dia como o outro acabava mais uma vez...
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