3 de dez. de 2012

A vida é patética

E a vida é assim, como desses fatos que despistamos mas não podemos negar:

patética como um molho de salada; patética como um dia chuvoso em parque; patética como comida que engorda; patética como pinturas descoradas pelo sol - esse chato!; patética como pirulitos; patética como fotos que não saem boas; patética como chegar no restaurante e encontrá-lo fechado; patética como uma latinha de refrigerante; patética como ficar resfriada no feriado; patética como aquele monte de folhas que a gente junta para, no fim, só ter trabalho.

A vida é patética como os tons de cinza, como passeio sujo de terra, como uma lata de sardinha. A vida é patética como um jornal dos classificados de domingo, como um passeio limpo após a chuva, como um motorista com freio. A vida é patética como quando o céu fica claro em tom azul anil; patética como pão de queijo de padaria; patética como consultórios médicos - todos tão iguais!

A vida é patética como risada de criança, que sempre acontece sem hora ou lugar; patética como a opinião alheia; patética como cheiro de alho e ainda mais patética do que canos de água a enfeitar banheiros.

A vida é patética mas mesmo assim vale a pena.


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