Encontrei fotos perdidas por ai e me perdi em mim. Mentira - reparei mesmo foi nos seus pés. Em como tem mania de andar de um certo jeito. Em como justifica tudo isso ao culpar alguém. Coisa da genética, vai saber.
Vi então um olhar perdido, ate mesmo inocente. Liguei as datas aos dias e me dei conta que se passara pouco tempo, embora seu rosto pareça o de uma criança. Ah, a inocência! A inocência que se apoderou do seu rosto tomou conta de mim.
Reparei no que vestia, sem ligar muito. Reparei em quem segurava no ombro direito. Reparei na pulseira e, mais uma vez, nos pés - descalços. Outras coisas continuava as mesmas, mas não vou citar estas características que não e' para entregar o tesouro.
Assim sendo, lembrarei deste teu olhar. Com cara de noviço que ainda não chegou na puberdade e por isso ainda não experimentou andar de trem pela vida. Fez poucas paradas e todas muito rápidas. Manteve a inocência mas destruiu meu coração.
Seria então uma juventude transviada?
16 de set. de 2013
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