E então chegou a hora. A sombra que arrastava-se sobre aquele território polonês fez morada em nossos corações. Ela não sentia mais que a pátria-toda-poderosa da Europa era mais a sua irma. E nem mãe. Nem tia. Nem parente distante.
Chegou o dia da verdade. Uma aula de historia, foi aquilo. Uma revelação. Como um véu que cai. Apenas uma viagem a Auschwitz, eu diria. E tudo fora embora como água rala em ralo. Ah, o desapontamento! Agora a irma do meio, que falava a língua e tinha melhores amigos no local, entendia as outras irmas. Não nutriam mais simpatia. Mas ainda achava-os de uma beleza exterior surpreendente. Apenas exterior dizia ela.
Vai ver seria este o destino. Ter o coração pisado por um nazista. Afinal, e' este o papel dos alemães: serem eles mesmos. Vai ver estava escrito no livro de historia - nada de diário ou livro da vida, vejamos bem. Vai ver foi traçado em mapa de conquistas. Vai ver foi planejado como arte da guerra. E venceria quem fosse melhor. E, embora você tivesse perdido uma II Guerra, desta ultima você saiu vencedor. Mas não se esqueça: o mundo, que você não conquistou, seu Senhor General Nazista dos olhos verdes, da muitas voltas...
E enfim dobrou a conversa que teve com a irmã como se fosse carta.
19 de jun. de 2013
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