9 de mai. de 2010

Que perfume é domingo

Que perfume é domingo!

Geralmente, acordo tarde e lamento ter perdido um pouco do seu cheirinho. Mas, penso eu, domingo de manhã não é lá muito útil mesmo. Foi feito pra dormir, dormir tudo o que não foi dormido durante a semana.

Domingo é o dia de almoçar na casa da minha avó favorita, mãe do meu pai. E no domingo, penso que casa de vó tem mesmo cara de casa de vó. Tem rádio ligado e televisão ligada, tudo junto ligado, e ninguém dando a mínima. Está todo mundo na cozinha fazendo todo tipo de comida. Eu escapo, porque na cozinha não sou útil. Fico só pra papear.

No almoço sirvo muito, falo pra minha avó e pra minha tia que está tudo uma delícia, sem dizer, no entanto, que é tudo um exagero (a comida; a delícia, não). É que minha avó faz todas as comidas do mundo no almoço, todo domingo. É a maneira dela de agradar.

Joga-se conversa fora, cansa-se e volta-se pra casa para descansar. "Descansar de que?", me ingado. E vejo as casas, todas cheias de gente, porque domingo é dia de curtir a casa que não se curte durante a semana. E de tarde dá-se o luxo de fazer o que quiser, o que inclui também fazer nada. Mas só de vez em quando.

Ah, que perfume é domingo!

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