Quanto será mesmo o preço disto? E daquilo? E de ir?
Me diz quantas estrelas custa isso, e lhe dou meu livre-arbítrio e malas cheias de roupas e bugigangas e uma vida cheia de histórias.
Fecho a cortina, começo tudo de novo. Levanto da cama em um dia comum que nasce de novo depois o sol se põe e terminou seu processo. Nem piscar eu pisco, e lhe dou a minha palavra como escrita em papel.
Quantas estrelas custa? Me diz porque eu quero muito saber. E vou levar um cantinho comigo, e vou deixar o vento passar e ir. Pergunto o preço porque quero ir junto, e sei que a rua não tem saída. E acho que nem dou a mínima. Quero mesmo ir.
Conto os dedos da minha mão, escrevo em uma folha rabiscada que achei por aí, retiro o cabelo do meu rosto e penso nas coisas materiais que compõem a vida de uma pessoa. Me diz - quantas estrelas custa? - e eu vou viver uma vida toda de renda como se fosse uma obra de arte feita por minha avó, e lhe mostro todos os meus dedos abertos porque entre eles não guardo nada, e não levo nada comigo. Doarei os meus poemas preferidos que habitam dentro dos livros no meu quarto - há sempre alguém que ainda nãos os leu. Sim, abro mão de todos eles se você me disser quantas estrelas custa.
Quantas estrelas custa e haveria apenas um preço. E eu sei que haveria dinheiro no mundo para pagar um sonho tão meu, mas o que me falta é a mão no caminho, mas sigo o rio e sou quem sou. A essência nada muda, o que muda são as estações do ano e a cor das folhas nas arvores, e eu acompanho tudo de longe. E eu presto atenção em tudo isso com um coração contido e doído e pergunto novamente: quantas estrelas custa?
Me fala o preço porque para o desejo não há o que se pagar - quantas estrelas custa?
23 de set. de 2015
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