22 de set. de 2014

Sublime


 Começarei pelo sorriso, que é o início e o fim e o meio. O caminho inteiro. O meu percurso mais doce nesta vida.  

O toque das mãos, o coração às vezes frio e o corpo tão quente. E a sensação que desperta em mim. O que chama a minha atenção e ganha importância para ser escrito. O que escrevo e transformo em para sempre, pois fica registrado no papel.

Tão sublime aquela camisa preta, e como realça a brancura de sua aura. A sua aura, que só eu vejo.

Tão sublime o olhar, por onde atravesso até chegar a seus mais obscuros pensamentos. Era uma vez um local na Terra, cenário para tudo sublime que um dia poderia acontecer em um período de tempo, não tão longo, mas tão intenso!

Sublime são as palavras, mas, mais ainda, o jeito de falar. O jeito de não falar. O barulho da risada. As manias. O modo como eu digo ainda algumas coisas como você. Aprendi contigo. Sublime é escutar a sua voz que me causa arrepios, que soa tão doce ao meu ouvido, que desperta as lembranças que fazem metade de eu ser quem eu sou. Tão sublime.

Sublime importância. Pois cuidarei com um zelo de mãe que tem um tesouro. Sublime, e tão leve, que deixa pesados meus braços e pernas, pois perco a forca. Isso tudo é desejo.

Sublime melodia, assovios que ecoam. Passeios de trem, a mão que me guia, os passos com os pés abertos – anda como o pai? Diz-se que sim, e eu lembrei

Sublime colo quentinho, onde me refugio e escondo-me de quem sou. Encaro-o nos olhos e recito os poemas e acordos internacionais e as ultimas noticias da política – tudo tem tão pouca importância. E, você, você me é tão sublime!

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