10 de mar. de 2011

Da escrita que me faz "eu"

Descobri o que sempre ja sabia de que so sou eu quando eu escrevo. E a partir de agora, em um momento que nao sei quando nem onde, comecarei a escrever, que eh para eu nao me perder - sem querer, no entanto, me achar.

E a raiva eu vou escrever em caderno, porque cadernos sao grandes e feios, e vou poder jogar fora quando o sentimento feio passar. E jornadas eu escreverei em papeis de carta, que sao delicados, importados, cheirosos e sao a minha colecao comecada por minha mae para mim quando eu era crianca. As alegrias escreverei em bloco de nota colorido, que eh pra soltar a folha e espalhar por ai, espalhar pelo ar, deixar contagiar. Alegria tem que ser dividida. E a saudade eu escreverei em um dos papeis mais bonitos que eu vou achar quando eu comecar a confecciona-lo para mim. E os medos eu escreverei em folhinha, nessas que as pessoas tambem chamam de calendario, porque medo passa, e tem dia para acabar. E os amores, esses eu escreverei em mim mesma, em local guardado para pessoas especiais.

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