O sol do meio dia chegou para cegar.
Embora brilhante, era assim tão forte que me apertava os olhos de uma maneira tão fina.
Este era então o destino do sol do meio dia - embora alegre de tão terno e quente, arrancava sempre um suspiro meu.
Enquanto isso, no polo norte, vive-se o dia, experimenta-se o gosto que o frio tem ao bater nos ossos, cozinha-se como se comer fosse uma obrigação e não um privilégio, e raramente ouve-se sons vizinhos. É assim então esta história: tão gêmea mas nem tão igual.
A gente pega na mão com um carinho que nem quer mais soltar, mas os dias crescem à medida que o tempo passa. O ar fica mais rarefeito, mas os jornais dirão que é o efeito do Trópico de Capricórnio. Os soldados já se foram, mas deixaram suas marcas.
O sol do meio dia trouxe consigo a lembrança de uma irmã, que habita diariamente minha mente. Ela sempre está aqui, lembrando-me de sua lembrança, fazendo-se presente mesmo tão longe, deixando-me sozinha sem o amor de sua companhia. Como me dói estar longe da minha irmã do meio, meu grande amor. Como dói cada pedacinho de mim se a mão dela não está a uma distância ao alcance.
Mas, enquanto isso, celebra-se, pois é sol do meio dia.
12 de nov. de 2014
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